A ONG Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) deslocou três equipes para auxiliar no resgate dos animais – as consideradas vítimas esquecidas – do desastre que alastrou as ilhas do Atlântico: o furacão Irma e sua sequela, o furacão Maria. Milhões de animais de fazenda, domésticos e selvagens foram afetados e, em consequência, estão vivendo situações de estresse e choque ou estão machucados e adoecendo. As equipes conseguiram driblar os voos cancelados enquanto trabalhavam com redes locais de veterinários e grupos de bem-estar animal para fornecer os primeiros cuidados nas ilhas de Antígua, St. Maarten e Barbuda.
O Irma foi o furacão mais forte do Atlântico na história e, para decidir qual seria a região que receberia mais esforços a Proteção Animal Mundial analisou caso a caso. “Nossa organização conta com uma equipe de resposta de desastre dedicada em tempo integral localizada ao redor do mundo. Para atuar nessas situações, revisamos a escala do desastre, os impactos e danos causados aos animais e a capacidade do governo e da comunidade de recuperação e reconstrução de um ambiente minimamente saudável para esses animais” explica Helena Pavese, Diretora Executiva do Brasil. Após esse processo, a ONG implementa as equipes de resposta a desastres nos locais mais necessitados.
A situação em Barbuda, nesse momento, é trágica. A ilha ficou completamente destruída e foi necessário evacuar rapidamente os moradores, que tiveram que deixar seus animais para trás. “Em toda minha carreira trabalhando com desastres, eu nunca vi nada parecido com isso. Uma ilha totalmente abandonada cheia de animais vagando desamparados”, comentou Scott Cantin, membro da equipe de gerenciamento de desastres da Proteção Animal Mundial.
A World Animal Protection tem mais de 50 anos de experiência em resgatar, tratar, alimentar e cuidar de animais após desastres em todo o mundo. Nesse período, foram 250 respostas a desastres, ajudando mais de sete milhões de animais. “Na última década, por exemplo, ajudamos milhares de animais no Caribe. Prestamos cuidados veterinários aos burros nas Ilhas Turcas e Caicos após o furação Ike e levamos atendimento médico emergencial e comida para cerca de 110.000 animais doentes e desalojados após o furacão Matthew.” relembra Helena. “Este ano, também, já estivemos resgatando e ajudando animais em Serra Leoa, Índia e Nepal”.
A Proteção Animal Mundial trabalha para garantir que os animais sejam considerados no Quadro para a Redução do Risco de Desastre 2015-2030 da ONU, aprovado em Sendai, já que, ao proteger os animais das catástrofes, é dado um passo importante para garantir os meios de subsistência das comunidades mais carentes do mundo e reconstruir suas vidas após um desastre. Atualizações regulares são publicadas no site e redes sociais da ONG. Qualquer pessoa pode ajudar os animais acessando o site www.worldanimalprotection.us.org. e doando.
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