Fitness & Nutrição

AVC e Exercício Físico

            Dentre as doenças crônico-degenerativas, as cerebrovasculares (como o AVC) constituem a terceira causa de morte no mundo, precedida pelas cardiopatias em geral e o cancer (PERLINI et al., 2004).

            Cerca de 40 a 50% dos indivíduos que sofrem AVC morrem após seis meses. A maioria dos sobreviventes exibirá deficiências neurológicas e incapacidades residuais significativas, o que faz desta patologia a primeira causa de incapacitação funcional no mundo ocidental (PERLINI et al., 2004).

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), também conhecido como derrame cerebral se divide em dois tipos o AVCI (Acidente vascular cerebral isquêmico) e AVCH (Acidente vascular cerebral hemorragico).

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria. Já o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida. O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira.

Existe outra condição chamada “Ataque Isquêmico Transitório” (AIT ou TIA, do Inglês) que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém revertem-se espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.

 Unknown           Principais Sintomas:

  • Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo.
  • Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão.
  • Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.
  • Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.
  • Dores de cabeça fortes e persistentes.
  • Dificuldade para engolir.

Os indivíduos portadores de seqüelas de AVC seguem, normalmente, uma rotina de intervenção e tratamento de acordo com o tipo e causa do acidente vascular cerebral. Esta rotina varia desde a intervenção cirúrgica ao tratamento clínico, passando, posteriormente, para o tratamento fisioterápico. Este consiste, na medida do possível, em restabelecer funções e/ou minimizar as sequelas deixadas (COSTA E DUARTE, 2002).

Uma das preocupações com o portador do AVC é sedentarismo logo após o retorno para sua residência. Este sedentarismo, talvez, tenha sido uma das causas provocadoras do seu acidente vascular e agora poderá talvez ser a causa de um novo acidente (COSTA E DUARTE, 2002).

No Brasil, não é conhecido nenhum programa de atividade física e/ou esportiva para pessoas com sequelas de AVC, egressos de programas de reabilitação. Não são conhecidos, também, estudos que tenham sido desenvolvidos com o objetivo de verificar as mudanças de comportamento emocional desses indivíduos, após a realização de um programa de atividade física regular, com ênfase na melhoria da sua qualidade de vida (COSTA E DUARTE, 2002).

exercicio e avcDe acordo com o estudo de Costa e Duarte (2002), realização da atividade física regular ou sistemática, através de um programa adequadamente estruturado, que leve em consideração os interesses, as limitações e as potencialidades das pessoas portadoras de seqüelas de AVC, pode constituir num importante elemento na busca da maior valorização do indivíduo. Isto ocorre através da conquista do sentimento de autorealização, de autocapacitação e da melhoria da autoimagem, o que provoca uma alteração positiva no seu autoconceito e na sua autoestima. Aliados a todos estes benefícios, nos aspectos psicológicos, devemos, também, considerar os efeitos que a atividade física pode proporcionar em relação aos ganhos fisiológicos, interferindo positivamente sobre a saúde física e capacidade funcional dos portadores de seqüelas de AVC.

Segundo Costa e Duarte (2002), para as pessoas, que já são portadoras de alguma doença, como é caso do AVC, a atividade física se reveste de maior importância ainda, não somente na prevenção de deficiências ou doenças secundárias e/ou uma nova recidiva do AVC, mas também, principalmente, pela significativa possibilidade que um programa desta natureza pode oferecer a essas pessoas, na busca de um novo sentido para sua vida, mais distante da doença ou da deficiência e mais próximo da saúde e da melhor qualidade de vida compatível com a sua realidade.

 

noticia_cerebro-avcPrevenção do AVCI

É indispensável o controle da pressão arterial a níveis inferiores a 12X8 mmHg, do diabetes e dos níveis de colesterol no sangue. Os pacientes que apresentam alguma doença cardíaca devem fazer acompanhamento médico regular. Todos devem praticar exercícios físicos regulares orientados por um profissional e manter uma alimentação equilibrada.

 

Prevenção do AVCH
​A prevenção deve ser feita pelo controle rigoroso da pressão arterial, que deve ser mantida a níveis inferiores a 120 X 80 mmHg, e evitando o consumo abusivo do álcool, que também é um importante fator de risco para esta doença.

Fontes de Pesquisa / Referencia Bibliográfica

ALBERT ESINSTEIN, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Disponível em: <https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc>. Acesso em: 03 de outubro de 2018.

DA COSTA, Alberto Martins; DUARTE, Edison. Atividade física e a relação com a qualidade de vida, de pessoas com sequelas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, n. 1, p. 47-54, 2008.

OLIVEIRA GIRARDON PERLINI, Nara Marilene; MANCUSSI E FARO, Ana Cristina. Cuidar de pessoa incapacitada por acidente vascular cerebral no domicílio: o fazer do cuidador familiar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 2, 2005.


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