Cidadania

Valência disponibiliza terrenos públicos para a criação de hortas urbanas

Os alimentos colhidos nas hortas urbanas do programa municipal não podem ser comercializados.

As hortas urbanas têm sido cada vez mais comuns na Espanha, em especial na cidade de Valência. Em decorrência de um programa governamental, muitas áreas antes abandonadas passaram a ser usadas para o cultivo de alimentos orgânicos.

A proposta teve início há três anos, quando Sociópolis, um bairro sustentável, foi projetado. O plano já incluía desde o começo a disponibilização de espaços para o plantio, feito e organizado pelos próprios moradores da região. De acordo com a imprensa local, a região já conta com 46 mil metros quadrados de hortas urbanas.

O sucesso do modelo fez com que a prefeita de Valência, Rita Barberá, aprovasse sua replicação em outro distrito. Em entrevista ao jornal local, La Vanguardia, a autoridade explicou que Benimaclet deve ser o local a receber mais seis mil metros quadrados de hortas urbanas.

Por utilizar espaços públicos, o plantio precisa seguir algumas normas. Os interessados em manter uma horta precisam, primeiramente, procurar a Federação das Associações de Moradores de Valência. Depois disso, a pessoa pode alugar um dos lotes disponíveis. A taxa para ter direito a uma área é de 110 euros por ano. Isso inclui ferramentas agrícolas e água, disponibilizados pelo governo.

Para garantir que o espaço esteja realmente sendo usado para o cultivo de alimentos, a prefeitura retira o direito das pessoas que possuem terras, mas não plantam ou abandonaram suas hortas. Outra medida interessante diz respeito ao uso da produção. Os alimentos colhidos nas hortas urbanas do programa municipal não podem ser comercializados. Tudo o que é produzido deve ser consumido pelo produtor, pela comunidade ou doado a instituições de caridade.

O projeto em Sociópolis distribui, anualmente, 15 mil quilos de alimentos. Com a expansão para outros bairros, o potencial pode ser ainda maior.

Redação CicloVivo