Muitas vezes, contamos histórias emocionantes sobre pessoas que fazem de tudo pelos cães de rua. Entretanto, em outras ocasiões, precisamos dar notícias não tão boas assim. Neste artigo, falaremos sobre a ordem de desalojar uma fundação com animais resgatados. Uma história realmente muito triste.
A fundação com animais resgatados que será desalojada
O caso aconteceu com a Fundação “Animalove”, que há mais de quatro anos mantém suas atividades com muito esforço em Tabio, na Colômbia. A instituição acolhe nada mais que 350 cães e 30 gatos, que, por várias razões, acabaram ficando sem um lar. Neste refúgio, eles recebem assistência veterinária para que possam se recuperar caso estejam doentes ou acidentados. Também são vacinados, castrados e podem ser adotados por uma nova família que os brinde com a oportunidade que tanto merecem.
A diretora da Animalove, Johana Pérez, afirma que a fundação pagou o arrendamento pelo terreno de 12 mil m² para acomodar os bichos resgatados. Ela também confirma que, nos últimos anos, foram investidos mais de 50 milhões de pesos colombianos (mais de 50 mil reais) para que a fundação permanecesse funcionando.
A organização possui 10 empregados fixos. Entre eles, há um veterinário que se encarrega do cuidado e do bem-estar dos quase 400 animais. Trata-se de uma fundação sem fins lucrativos que resgata cães e gatos em situação de rua. Por isso, parece muito estranho que a Prefeitura de Tabio queira desalojá-los.
Há alguns anos, a Câmara Municipal ordenou que fossem recolhidas assinaturas dos vizinhos para que a fundação funcionasse no terreno. Eles cumpriram com a exigência e possuem um documento assinado pelos moradores do entorno, apoiando o trabalho da organização. Além disso, estão legalmente constituídos desde 2012.
Detalhes do processo de desalojamento da fundação com animais resgatados
A ordem de despejo por parte do governo municipal se baseia em um Plano de Ordenamento Territorial. Ele não contempla o uso do solo para uma atividade como a de uma fundação para animais resgatados. Um advogado apelou para tentar anular a decisão. No entanto, a apelação não foi aceita e a decisão de fechar o lugar foi reiterada.
Por não se tratar de um estabelecimento comercial, deveriam seguir em funcionamento. Um detalhe a favor da fundação é que durante os anos de seu funcionamento no terreno, não receberam queixas por ruído ou mau odor, já que os animais são muito bem cuidados.
De acordo com o secretário do prefeito de Tabio, a fundação não pode permanecer no terreno, já que não cumpre com os requisitos de uso do solo. Além disso, em sua opinião, está lucrando com os animais. Em declarações à rádio local, os governantes disseram que a Animalove deve se responsabilizar pela realocação dos cães e que daria um tempo para que isso fosse feito.
Os trabalhadores e voluntários estão organizando uma maratona para recolher fundos e poder conseguir um novo terreno para a fundação. Até o momento, o processo segue o seu curso enquanto se busca uma conciliação ou uma realocação dos animais dentro do mesmo município.
Fonte da imagem principal: www.elheraldo.co
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