O crowdfunding ou financiamento coletivo é bastante usado para levantar capital para o lançamento de produtos, realização de projetos ou novos negócios. Mas, na Nova Zelândia a ferramenta foi usada para um propósito diferente: tornar um patrimônio privado em espaço público.
Em 2008, o empresário Michael Spachman comprou, por US$ 1,4 milhões, a praia de Awaroa, na Ilha Sul da Nova Zelândia. No entanto, no início deste ano ele decidiu colocar a propriedade à venda, o que deixou a população preocupada com o que poderia acontecer se algum comprador adquirisse as terras e simplesmente proibisse o acesso à praia.
Assim começava uma mobilização nacional. Através de uma ferramenta de financiamento coletivo, o país iniciou uma campanha para que a própria população colaborasse financeiramente, para que a ilha fosse adquirida e voltasse a ser pública.
O crowdfunding arrecadou US$ 1,7 milhões. As doações foram feitas por, aproximadamente, 40 mil pessoas e contou, até mesmo, com a participação do governo neozelandês, que doou US$ 254 mil. A verba arrecadada foi suficiente para comprar os 17 acres, que incluem uma área reservada e a praia.
Durante a campanha, um empresário demonstrou interesse em colaborar com uma quantia maior de dinheiro, em troca de tornar privada parte da propriedade. Mas, a proposta não foi aceita pelos organizadores da campanha.
Atualmente a praia de Awaroa é totalmente pública e será administrada pelo Parque Nacional de Abel Tasman, do qual a área agora faz parte.
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