O Crossfit é um método de treinamento que se caracteriza pela realização de treinamentos funcionais, constantemente variados em alta intensidade (TIBANA et al., 2015).
Este método de treinamento ( Crossfit ) consiste na realização de exercícios como: levantamento olímpico, agachamentos, arrancos, arremessos e desenvolvimentos, assim como exercícios aeróbios, como o remo, corridas e bicicleta e também exercícios baseados na ginastica, tendo as paralelas, argolas, paradas de mãos e barras (TIBANA et al., 2015).
O treinamento de Crossfit busca desenvolver ao máximo as três vias metabólicas (ATP-CP, a glicólise e o aeróbio) e cada uma das dez valências físicas, que são: Resistência cardiorrespiratória, força, vigor, potencia, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão (TIBANA et al, 2015).
Com relação ao índice de lesão do Crossfit, foram colhidos dados em diversos estudos que comprovam índice semelhantes ao levantamento olímpico, levantamento básico e ginástica e menor quando comparado a esportes de contato como o Rugby (TIBANA et al., 2015).
Apesar de poucos estudos publicados, tudo indica que a pratica do Crossfit não aumenta a incidência de lesões e ainda pode melhorar as adaptações no sistema cardiovascular, neuromuscular e na composição corporal (TIBANA et al., 2015).
A musculação na atualidade é uma das praticas esportivas que mais cresce em número de praticantes de todas as faixas etárias, assim como em públicos especiais que se tornaram adeptos dessa modalidade, baseados em sua importância já reconhecida por todos (SABINO et al., 2016).
Os praticantes de musculação objetivam melhor a sua estética, aumentar o volume muscular, reduzir o percentual de gordura, tratar e/ou prevenir doenças, condicionamento físico, ou apenas melhorar a sua qualidade de vida (SABINO et al., 2016).
Os variados métodos de treinamento utilizados na musculação tem como objetivo intensificar a rotina de treinos, variar os estímulos musculares e assim melhorar os resultados, como o aumento da força, alteração na composição corporal e reabilitação de lesões (SABINO et al., 2016).
Os princípios da musculação são: Princípio da carga crescente, princípio da carga contínua, princípio da carga variável, princípio da sucessão exata das cargas e princípio do estimulo de carga eficaz. Sendo o princípio da carga crescente é entendido como o aumento do volume juntamente com o aumento da intensidade. Sendo feito, o aumento do volume primeiro e posteriormente da intensidade. O Princípio da Carga Contínua refere-se às cargas continuas que permitem o aumento da capacidade de desempenho do indivíduo. O Princípio da Carga Variável está relacionado com modalidades complexas, ou seja, correspondem às modalidades onde estão presentes capacidades motoras diferentes, e as capacidades devem ser treinadas de forma variada para que não haja interferência do treinamento de uma capacidade na outra. O Princípio da Sucessão Exata das Cargas é compreendido como o uso de um treinamento geral anterior ao treinamento específico. O princípio do Estímulo de Carga eficaz diz respeito à necessidade de um estímulo ser capaz de superar o estímulo anterior para que o treinamento continue gerando adaptações (SABINO et al., 2016).
Segundo Sabino et al. (2016), em seu estudo foi observado que com relação ao condicionamento físico as modalidades de musculação e crossfit proporcionam o aumento de força e resistência muscular, consequentemente a hipertrofia. Porém, o Crossfit apresentou um maior destaque com relação ao desenvolvimento das demais capacidades físicas. Contudo, se tratando de ganho de força o treinamento resistido, isolado e intervalado apresenta maior eficiência, em função disso podemos perceber um grau maior de hipertrofia nos praticantes da musculação.
Sabino et al. (2016), concluiu que a pratica das duas modalidades é benéfica e eficaz para os objetivos e saúde dos seus praticantes. Sugerindo, então, que os profissionais de educação física, propaguem os efeitos de ambos e que invistam na conscientização de ambos, apesar do pouco conteúdo escrito sobre a temática.
E então, vamos a uma rápida conclusão deste estudos:
Com base nas pesquisas e estudos levantados, podemos observar que os ganhos da musculação e do Crossfit são diversos, mas que para os praticantes, das modalidades, as percepções dos benefícios tem uma certa diferença.
Podemos observar, que em ambos as valências físicas são adquiridas, mas que algumas se apresentam com mais ênfase na musculação e outras no crossfit.
Quando falamos em desenvolvimento das aptidões funcionais, como as de mobilidade e flexibilidade, por exemplo, já apontamos para o crossfit, assim como a aquisição de maior resistência. Contudo, quando partimos para níveis hipertróficos, qualidade de vida e saúde já somos direcionados um pouco mais para a musculação.
Se buscarmos ver as lesões musculares, os estudos afastam tanto a musculação quanto o crossfit do topo de modalidades lesivas e mostram que esportes de contato são bem mais lesivos.
Tendo como referência os estudos levantados e demais pesquisas, podemos entender que a junção das duas modalidades, havendo uma harmonia entre os exercícios e controle do desgaste físico, pode-se ter ganhos expressivos em varias valências físicas ao mesmo tempo.
Contudo, a afinidade do aluno com uma modalidade é que irá prevalecer e cabe ao profissional de educação física estar ciente dos benefícios das modalidades e passar para eles a importância de se trabalhar em conjunto as duas modalidades, gerando assim um melhor condicionamento físico ao aluno.
Fontes de Pesquisa / Referencia Bibliográfica
TIBANA, Ramires Alsamir; DE ALMEIDA, Leonardo Mesquita; PRESTES, Jonato. CROSSFIT® RISCOS OU BENEFÍCIOS? O QUE SABEMOS ATÉ O MOMENTO?-DOI: http://dx. doi. org/10.18511/0103-1716/rbcm. v23n1p182-185. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 23, n. 1, p. 182-185, 2015.
SABINO J. C.; CAVALCANTE J. F.; NETO L. T. R.; NETO V. A. S.; MELO E. de L.; FÉLICIO L. F.; COSTA R. O.; Crossfit e musculação: aspectos do condicionamento físico, psicológico e motivacional. Coleção Pesquisa em Educação Física, Várzea Paulista, volume 15, nº 03, p. 59-68, 2016.
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