Os recém completos 21 andares da Torre UNStudio, em Amsterdã, demonstram uma intensa preocupação com a arquitetura sustentável. Na edificação a sustentabilidade não foi tratada como complemento, mas está presente em cada detalhe da construção.
O prédio faz parte de um conjunto de seis edifícios situados no coração do Eixo Sul, em Amsterdã, que conecta o Aeroporto Schiphol às grandes áreas de negócios no sul da capital holandesa.
Chamado de Mahler 4 urban, o complexo tem 38 mil metros quadrados de área residencial, 162 mil metros quadrados de escritórios e 30 mil metros quadrados de lojas, cafés, restaurantes e um centro de esportes.
No projeto para a torre UNStudio, as soluções integradas sustentáveis incluem materiais, clima e economia de energia das instalações. No primeiro item considerado na construção, foram utilizados materiais de alta qualidade e duráveis, justamente para reduzir a frequência da substituição. Além disso, os equipamentos de todo o edifício são de estruturas leves, que resultam na menor quantidade de materiais necessários para construir as fundações.
O segundo elemento considerado, o clima, inclui o desenho de uma fachada com lamelas de diferentes alturas, larguras e profundidades, controlando tanto a penetração da luz direta do sol, como a poluição sonora para cada face e andar da construção. A instalação de vidros térmicos permitem a incidência de luz suficiente, enquanto reduzem a penetração direta dos raios solares.
A economia de energia das instalações é o terceiro ponto fundamental para que essa construção fosse sustentável. Um sistema de armazenamento subterrâneo de energia reduz o consumo de energia de 30 a 35,7%. Luminárias de baixo consumo energético com sensores de movimento controlam também diferenciação de níveis de luz e conforto térmico. Instalações sanitárias incluem cisternas de economia de água e uso de água cinza.
A estética da torre recém construída incorpora considerações sobre layouts de escritório, e a organização dos andares maximizam a vista e o acesso à luz. Quatro espaços vazios foram introduzidos na fachada do edifício para permitir o agrupamento interno de escritórios, e para ajudar a trazer mais luz para o andar. Cada espaço vazio é caracterizado por uma cor diferente, fornecendo diversas identidades para os espaços individuais de todo o edifício. As listras horizontais na fachada são feitas de painéis de alumínio branco, que variam em tamanho em relação a sua posição na fachada. A principal função destas bandas é proteger o espaço do escritório da luz direta do sol, ao mesmo tempo que permite a extensiva penetração de luz do dia entre os andares. Esses espaços vazios podem ser transformados em varandas externas usadas para pequenas reuniões ou meditações pessoais.