Desenvolvimento

Cana de açúcar gera energia para 100 mil residências em Alagoas

As sobras dos bagaços de cana vêm sendo utilizadas para levar eletricidade a regiões do norte de Alagoas. Antes considerados como um grave problema ambiental, os resíduos hoje são utilizados pela principal usina hidrelétrica da região, e têm capacida

As sobras dos bagaços de cana vêm sendo utilizadas para levar eletricidade a regiões do norte de Alagoas. Antes considerados como um grave problema ambiental, os resíduos hoje são utilizados pela principal usina hidrelétrica da região, e têm capacidade de abastecer cerca de cem mil residências no estado nordestino.

Localizada na cidade de São Luís do Quitunde, a indústria que transforma cana de açúcar em energia investiu cerca de R$ 15 milhões para concretizar o projeto do novo método de geração. Hoje em dia, a comercialização da biomassa rende 5% dos lucros da empresa.

No verão, quando os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas diminuem, os resíduos de cana dão conta de suprir a demanda de energia hidrelétrica das cidades de Matriz do Camaragibe e São Luís do Quitunde, onde está localizada a usina Santo Antônio, a maior da região, cujas máquinas também são movidas pela biomassa da cana.

O desenvolvimento da nova fonte de geração limpa fez surgir um novo termo para este tipo de indústria, hoje nomeado como sucroenergético, já que a produção deixa de ser apenas sucroalcooleira, passando a incluir também a geração de energia verde em suas atividades.

Em 2001, a usina Santo Antônio ainda tratava os restos de cana de açúcar como um tipo de resíduo indesejável, com potencial para causar danos ao meio ambiente, inclusive podendo contaminar o solo.  Na época, para reduzir os impactos do material considerado como lixo, parte da cana era vendida para empresas de papel, e a tonelada da biomassa não chegava a custar R$ 15. Atualmente, com o avanço da tecnologia de geração de energia renovável, cem quilos do material são capazes de gerar 60 kW/h  e custam R$ 50, valor 300% maior que o cobrado na década passada. Com informações do G1.

Redação CicloVivo