Consolidados em outros países, os food trucks surgiram nos grandes centros brasileiros há cerca de dois anos e tiveram boa aceitação no país, criando uma nova tendência no setor de alimentação. Entretanto, assim como outros segmentos, os restaurantes sobre rodas foram afetados pela crise econômica que o Brasil está atravessando e os empreendedores, atualmente, buscam alternativas. Uma das encontradas foi o triciclo, ou foodtuks, como são conhecidos, que com 1/3 do custo dos caminhões, garantem uma economia de até 75%, começam a ganhar força. Um levantamento realizado pela Motocar, única fábrica de triciclos do país do país, em parceria com Bob Iser – um dos mais conhecidos transformadores da atualidade-, detalha as principais diferenças entre os dois modelos de negócio.
A análise começa pelas dimensões, já que veículos de três rodas possuem uma área total de 3,5 m² e os de quatro 13,8 m². Esta diferença proporciona uma melhor acomodação em eventos realizados em ambientes fechados, já que a altura média do triciclo é de dois metros, enquanto que e a do caminhão é de quatro metros. “Os triciclos por serem menores, podem garantir a presença em qualquer espaço, seja em um evento interno ou externo. Além disso, o tamanho também impacta no custo de transformação, onde ganha vantagem na hora da aquisição”, comenta Bob Iser.
O custo dos veículos é outro ponto que apresenta grande diferença. Um foodtruck básico pode ser adquirido com valor inicial de R$110 mil, podendo chegar até R$225 mil, nas versões mais completas. Já os food tuks partem de R$ 26 mil, alcançando R$50 mil em configurações mais elaboradas. “O custo-benefício é um fator predominante em um momento de instabilidade econômica, seguindo isso, vemos que os investimentos acontecem nos veículos com menor custo, mas que podem alcançar a produção dos maiores, isso é um poder muito forte dos triciclos”, detalha Carlos Araújo, diretor comercial da Motocar.
Para a atuação no ramo de alimentação, os triciclos possuem duas opções: o MCA-200 com carroceria aberta, e o MCF-200 com um baú fechado, ambos podem ser transformados de acordo com a necessidade do cliente. “Os modelos de carga são os mais procurados, pois possuem maior adaptação aos equipamentos necessários para uma cozinha móvel, como refrigeração, gás e afins. Essa é uma inovação para quem pretende entrar nesse segmento”, complementa Araújo.