Autos

Veja como ficou a nova Land Rover Range, confira os detalhes:

SUV de luxo que ficará entre o Evoque e o Range Rover Sport nem chegou às concessionárias, mas nós já dirigimos a versão topo de linha

por MICHELLE FERREIRA


A Land Rover tem uma expectativa e tanto para o Velar: a montadora espera que este seja o SUV mais vendido da marca. Em quatro versões, a novidade chega ao Brasil em novembro com preços entre R$ 383.100 e R$ 513.900 equipadas com um 3.0 V6 de 380 cv e 45,8 kgfm. As configurações são sempre acompanhadas de um câmbio automático de oito velocidades, com tração 4×4.

A marca anunciou ainda a chegada de um novo motor – o 2.0 de 250 cv faz com que o preço inicial baixe para R$ 291 mil. Devo confessar que a minha expectativa com o Velar também era alta quando o convite pra dirigir o SUV de luxo na Noruega apareceu. Glamoroso e high-tech, o quarto membro da família Range Rover tem feito sucesso entre os nossos leitores.


Impressões gerais

Não é para menos! Devo admitir que a minha ansiedade não era pelo encontro com o supercharger. A minha principal expectativa estava localizada no painel central, minimalista e com duas telas de dez polegadas. Onde outras montadoras apostam em uma enorme tela, a Land Rover preferiu dividir o sistema. Com interface de um celular, a segunda tela tem quatro funções e controla o ar-condicionado duas zonas, o aquecimento e a massagem dos bancos do motorista e passageiro, o seletor com diferentes tipos de terreno e as próprias configurações do sistema. A tela principal já é mais conhecida e equipa Evoque conversível e Range Rover Sport no Brasil, por exemplo.


A lista de tecnologias não para por aí: o Velar tem head-up display, que projeta no para-brisa informações como velocidade e as direções do GPS, maçanetas escamoteáveis, que ficam embutidas na carroceria e só aparecem quando o condutor destrava o SUV, painel de instrumentos digital com 12.3 polegadas, sistema de som com 23 autofalantes e 1.300 W, ajuste elétrico para motorista e passageiro com função de memorização, teto panorâmico inteiriço e por aí vai.

Passada a euforia tecnológica, hora de analisar a cabine de cinco passageiros (apenas quatro com conforto, devido ao túnel central gigante). O acabamento e a qualidade dos materiais são os itens que mais impressionam de primeira – até o teto e o porta-luvas são revestidos de alcântara preto. Pequenos furos que formam desenhos de diamantes estão nos bancos brancos e nas portas. Eu não sou mãe, mas posso imaginar o que crianças são capazes de fazer dentro de um carro desses. Para um familiar, o Velar não é amigável aos pequenos, já que os materiais são delicados demais.


Quem senta nos bancos da frente viaja com bastante conforto, principalmente pelo bom espaço para a cabeça. A área é ligeiramente limitada para o banco traseiro, culpa dos 673 litros de porta-malas. Vale dizer que o Velar é o mais baixo e o mais longo de seus irmãos Range Rover.

Impressões ao volante

Em pré-venda, a Land Rover oferece o Velar no Brasil desde maio. Na Noruega, dirigimos a versão topo de linha Fist Edition, que vem equipada com o motor 3.0 supercharger de 380 cv e 45,8 kgfm. De acordo com a montadora, o conjunto mecânico faz o utilitário ir de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos e tem velocidade máxima de 250 km/h, eletronicamente limitada. É claro que a configuração mais comprada será a com o 2.0, mas ela não estava disponível durante o test-drive. Independente do propulsor, todas as versões terão câmbio automático ZF de oito velocidades e tração 4X4.

Durante a trilha, foi comprovado: o SUV possui uma série de tecnologias que o fazem capaz de passar por terrenos realmente difíceis. A suspensão pneumática ajudou a ultrapassar os desafios off-road, mas imaginei como seria dirigir pelas ruas esburacas de São Paulo com que aquela suspensão ligeiramente rígida, o que atrapalha os pneus de 22 polegadas. A suspensão a ar é capaz de ajudar tanto na hora de colocar objetos no porta-malas, pois pode alterar a altura do veículo em cerca de 5 centímetros nestas condições ou quando o modelo supera os 105 km/h – mais baixo em um centímetro, o modelo tem seu arrasto aerodinâmico reduzido.


O Range Rover Velar pesa quase duas toneladas, apesar disso tem bom desempenho e a transmissão automática ZF tem boas respostas. O SUV roda macio, a direção é leve e a posição de dirigir é bem elevada, o que ajuda na sensação de confiança no trânsito. Pena as largas colunas dianteira esquerda e central direita tirarem parte da visão. A Land Rover não divulga o consumo do SUV, mas em nosso trajeto o computador marcava um consumo misto de 11,5 km/l no modo de condução Dynamic, mais esportivo. A transposição de trechos alagados é de até 60 centímetros de água.

É claro que ainda iremos testar o Range Rover Velar no Brasil: o modelo poderá ter respostas diferentes em nossa pista de testes, nos buracos de São Paulo e utilizando a gasolina vendida no nosso país. O certo é que o SUV virá cheio de tecnologia para brigar com os rivais Audi Q5 e Volvo XC60. Isso sem abrir mão da capacidade off-road do novo Land Rover Discovery ou do visual atrativo do Range Rover Evoque.


Custo-benefício

A versão de entrada do Velar vem equipada com ar-condicionado duas zonas, assistente de estabilidade de reboque, assistente de permanência em faixa, direção elétrica, diferencial traseiro aberto, seletor de modos de terreno Terrain Response, transmissão automática de 8 velocidades, auxílio de partida em rampas, controle de tração e estabilidade, controle de estabilidade antirrolagem, controle de frenagem em curvas, vetorização de torque por frenagem, controle de partida em rampa, freio de estacionamento elétrico, distribuição eletrônica de força de frenagem (EBD), sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisores externos com aquecimento, maçanetas embutidas, sistema de nivelamento automático dos faróis, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, duas telas de 10 polegadas sensível ao toque, retrovisor interno fotocromático, banco traseiro tripartido 40:20:40, alarme, GPS, bluetooth, tomadas, três saídas USB, porta-luvas com trava, sensor de estacionamento traseiro, controle de cruzeiro, chave presencial, Isofix, 6 airbags, assistência de frenagens de emergência, indicador de desgaste da pastilha do freio.

A versão topo de linha ganha rodas de liga-leve de 21 polegadas com acabamento diamantado, faróis de LED a laser com luzes de circulação diurna, inscrição exclusiva “First Edition” na coluna B, revestimento do teto em camurça, assentos dianteiros com 20 modos de ajuste feitos de couro Windsor perfurado com memória para o motorista e para o passageiro, massagem e aquecimento/resfriamento, volante com aquecimento, sistema de som exclusivo Meridian™ de 1300W com 23 alto-falantes, head-up display, chave presencial, pintura metálica, teto preto, All Terrain Progress Control (É possível definir uma velocidade entre 2 e 30 km/h e mantê-la sem tocar o acelerador, para que você possa se concentrar em dirigir nos terrenos mais difíceis), Configurable Dynamics (que pode controlar os eixos dianteiro e traseiro de forma independente) e Mood Lighting Configuravél (sistema que possui 10 opções de cores para o interior). Pena nem a versão topo de linha ter ar-condicionado três zonas e o sistema de leitura de placas não funcionar no Brasil.


Ficha técnica

Motor
Dianteiro, longitudinal, 6 cil. em linha, 3.0, 24V, comando duplo, injeção direta por spray

Potência
380 cv a 6.500 rpm

Torque
45,8 kgfm a 6.500 rpm

Câmbio
Automático de 8 marchas e tração integral

Direção
Elétrica

Suspensão
braços sobrepostos (diant.) e integral multi-link (tras.)

Freios
Discos ventilados

Pneus
265/40 R22

Dimensões
Compr.: 4,80 m
Largura: 1,93 m (sem espelhos)
2,14 m (com retrovisores)
Altura: 1,66 m
Entre-eixos: 2,87 m

Tanque
80 litros

Porta-malas
673 litros (fabricante)

Peso
1.884 kg

Central multimídia
Duas telas 10 pol., sensível ao toque

Garantia
3 anos ou 100 mil km, o que vier primeiro

Capacidade de Reboque
2.500 kg

Altura do solo
25,1 centímetros

Ângulo de ataque
25,06°

Ângulo de saída
26,8°

Fonte: AutoEsporte
Créditos : Autos24h