A sustentabilidade não poderia ficar de fora de um dos eventos esportivos mais importantes do mundo, a Copa. Desde 2006, os anfitriões e os representantes da FIFA (Federação Internacional de Futebol) têm se mostrado preocupados em reduzir os danos ambientais causados pelas reformas e construções de estádios.
Esses mesmos ideais foram considerados na preparação para o mundial da África do Sul, que sedia o seu primeiro jogo hoje. Mesmo não tendo todas as suas obras classificadas como “verdes”, os sul-africanos criaram estratégias ecológicas em alguns pontos específicos. O estádio situado na Cidade do Cabo, por exemplo, recebeu muitos recursos direcionados à sustentabilidade e se tornou a referência disso nesse mundial, enquanto outros estádios quase não tiveram verba para esse fim.
O Brasil sediará a próxima Copa do Mundo, em 2014 e os preparativos e projetos estão sendo apresentados desde agora. A preocupação em fazer com que o evento daqui seja lembrado pelo tom ecológico, fez com que arquitetos e algumas cidades estipulassem por si só quais seriam as medidas necessárias para adequar a maior parte dos estádios e torná-los eficientes energeticamente.
Cada uma das cidades se preocupou com algum quesito específico. Em Manaus, a eletricidade será gerada por bioetanol e energia geotérmica; em Porto Alegre, a grama cortada será usada para adubar outros campos de treinamento. O estádio de Salvador foi projetado para aproveitar melhor a ventilação natural e assim, gastar menos ar condicionado. A cidade de Cuiabá pensou em uma maneira de não ter gastos absurdos no futuro, para isso, a arquibancada será de metal parafusado e, depois do mundial a capacidade do estádio será reduzida.
Existe ainda a possibilidade de que os estádios brasileiros sejam reformados e construídos dentro dos padrões do certificado LEED. Para que esse objetivo seja alcançado estão sendo desenvolvidas tecnologias para a produção de energia limpa, reaproveitamento do lixo e da água, entre outras coisas.