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Steam Deck OLED: o que muda além da tela

O anúncio do Steam Deck OLED acabou pegando muita gente de surpresa, sendo que o console já chegou até mesmo na mão de alguns youtubers famosos. Apesar de este ainda não ser considerado um sucessor, ou seja, não é o Steam Deck 2, a verdade é que não foi apenas o painel utilizado na tela que mudou.

Assim, para ajudar quem está na dúvida do que mudou e se vai atrás ou não do Steam Deck OLED, o TecMasters conta exatamente o que há de novo nesta versão. Confira!

Memória

A quantidade de memória empregada no Steam Deck OLED segue sendo de 16 GB LPDDR5. Mas, apesar de não ter mudado a quantidade, a versão OLED do PC portátil da Valve de 6.400 MT/s.

Imagem: Harrison Broadbent/Unsplash

Para quem não está familiarizado, o termo se refere a taxa de transferência por segundos. Dessa forma, apesar de ter a mesma quantidade, a nova versão do PC portátil pode acabar sendo um pouco mais rápida para pequenas atividades e até mesmo na hora de jogar.

APU com nova litografia

Para a sua APU (Unidade de Processamento Acelerado), o Steam Deck OLED também trouxe uma pequena novidade. De forma geral, é possível afirmar que o processador e a solução gráfica continuam os mesmos, mas o seu processo de produção mudou.

A nova versão do PC portátil da Valve, agora, conta com uma litografia de 6 nm. E, como quanto menor a litografia, maior a quantidade de resistores, isso deixa o novo modelo um pouco mais veloz.

Na prática, não apenas devido a APU, mas também a outras mudanças realizadas no hardware, o Steam Deck OLED oferece uma performance um pouco superior. Como é possível ver neste vídeo do Digital Foundry, um ganho de aproximadamente 4 FPS foi visto em alguns jogos.

Armazenamento

Na questão de armazenamento, a primeira mudança a ser notada é que a Valve não comercializará uma versão de 64 GB do Steam Deck OLED. Não somente isso, uma versão de 1 TB também está a venda, sendo que a versão anterior com mais capacidade possuía 512 GB.

Já na questão técnica é importante notar que todas as versões do Steam Deck OLED vem com um SSD do tipo NVMe. Anteriormente, o Steam Deck com 64 GB de capacidade vinha com um SSD eMMC, que apresentava taxas de transferência inferiores, mas suportava o upgrade para um SSD NVMe com um procedimento não oficial.

Mudanças no módulo térmico

Por conta dessas mudanças feitas no hardware, a Valve também mudou um pouco como funciona a dissipação de calor do Steam Deck OLED. Enquanto as saídas de ar continuam posicionadas no mesmo local, mais uma vez, a mudança fica por debaixo do capô do portátil.

Steam Deck OLED aberto

Imagem: reprodução/Valve

Sem entrar em detalhes, a Valve apenas afirma ter aumentado a espessura e o desempenho do módulo térmico. Aqui, inclusive, fica o lembrete de que as últimas versões do Steam Deck tradicional já contavam com chapas diferentes para dissipar o calor gerado.

Nova tela

É verdade que nossa matéria diz que vai além da tela, assim como outros pontos foram enumerados. Entretanto, é de extrema importância dizer o que muda na tela do Steam Deck OLED indo além do painel.

Para começar, a tela passa a conter o tamanho de 7,4 polegadas contra apenas 7 do modelo original. A sua taxa de atualização passou também a ser de 90 Hz contra apenas 60 Hz do modelo original e a taxa de brilho máximo, agora, chega a alcanças 1.000 cd/m².

Steam Deck OLED (2)

Imagem: reprodução/Valve

Não apenas isso, a taxa de polling da tela sensível ao toque foi aumentada para 180 Hz. Ou seja, quem costuma utilizar comandos de toque, até mesmo para navegar nos menus do SteamOS, notará uma latência menor entre o toque e a resposta.

Melhorias no som

A Valve resolveu mexer bem pouco na questão sonora do Steam Deck, que era excelente no primeiro modelo como mostra o review do TecMasters. Ainda assim, o novo portátil tem os graves aprimorados.

Já na questão mais técnica, com o novo modelo, jogadores poderão usar microfones integrados de seus periféricos com o conector de fones de ouvido 3,5mm.

Bateria e detalhes de alimentação

Um dos pontos mais criticados na primeira versão do Steam Deck era referente a sua autonomia. E, nesse ponto, a Valve fez algumas adaptações que devem fazer a diferença na prática.

Para começar, a bateria teve a sua capacidade aumentada para 50 Wh e o seu tempo de carregamento reduzido. Isso por si só já daria mais autonomia para o Steam Deck OLED, mas vale lembrar que a sua tela, com pixels que se auto iluminam e desligam quando na cor preta, devem dar uma ajuda extra.

Com todas estas mudanças, sem esquecermos da mudança na APU, a Valve afirma que a bateria do Steam Deck Oled dura de 30 a 50% a mais do que no Steam Deck normal.

Outro detalhe modificado, mas que diz mais parte ao acabamento é que o LED de carregamento é multicores. O Steam Deck original traz apenas um LED branco, que não indica quando acabou de ser carregado ou que está com pouca bateria, apesar de existirem notificações no SteamOS.

E, outra boa notícia é que a fonte de alimentação do Steam Deck OLED conta com um cabo 1 metro maior quando comparada com a fonte de alimentação do modelo original. Ou seja, agora jogar em qualquer canto deve ter ficado mais fácil.

Wi-Fi e Bluetooth

Tanto o módulo Wi-Fi quanto Bluetooth do Steam Deck OLED foram atualizados. Assim, o PC portátil conta com suporte ao Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3 e a codecs mais novos, como aptXHD e aptX Low Latency.

Já para quem está se perguntando o que isso significa na prática, a Valve afirma que a nova versão de seu PC portátil pode ser até três vezes mais rápida no Wi-Fi, além de entregar uma conexão mais estável para quem joga online.

Acabamento

Visualmente, o Steam Deck OLED é bem parecido com o modelo convencional, mas existem lá suas diferenças; O novo modelo é 5% mais leve que o antigo, ou seja, pesa apenas 640 g.

Já para quem trabalha com manutenção ou vai abrir o console, aqui algumas mudanças foram bem-vindas. As tampas traseiras das roscas do parafuso passam a ser metal e, não somente isso, todas as cabeças dos parafusos traseiros passam a ser do tipo Torx. Por fim, mas não menos importante, os tipos de outros parafusos usados no PC portátil foram reduzidos.

A Valve, vale notar, também conseguiu diminuir a quantidade de passos necessários para a realização de reparos comuns.

Controles

Nos controles, a Valve alterou o material e o formato da parte superior das alavancas analógicas para oferecer uma aderência melhor. Além disso, o novo material é mais resistente ao acúmulo de poeira.

Steam Deck OLED (3)

Imagem: reprodução/Valve

No Steam Deck OLED, a alve também fez algumas alterações em diversas partes dos controles e até mesmo dos trackpads para que tudo ofereça uma responsividade maior.

Software

Por último, mas não menos importante, a Valve também mexeu no software do Steam Deck OLED. Além de contar com um firmware mais eficiente no gerenciamento de energia, o mesmo passou a ter compatibilidade com código aberto para BIOS e o EC.

E, um detalhe bem importante, o Steam Deck OLED é até 30% mais rápido para despertar, ou seja, retomar uma jogatina está ainda mais instantâneo.

Steam Deck OLED começa a ser vendido neste mês

Acima, você conferiu quais são as principais diferenças entre o Steam Deck OLED e o Steam Deck convencional. O novo PC portátil começará a ser vendido a partir do dia 16 de novembro com o preço sugerido de US$ 549,00 (R$ 2.704,00 em uma conversão direta) em sua versão mais simples.

Por enquanto, vale notar que o Steam Deck OLED só estará à venda nos Estados Unidos e Canadá, mas o mesmo deve ser lançado em outras partes do mundo. Além disso, uma versão limitada do PC portátil com 1TB estará à venda com pequenas mudanças cosméticas.

Fonte: Valve


Créditos: TecMasters