O site da rede social Parler voltou ao ar após um mês de inatividade, em função dos bloqueios das gigantes de tecnologia após o atentado no Capitólio dos EUA. Na ocasião, a rede social ignorou que grupos de extrema direita estivessem contribuindo para a onda de violência ideológica no país norte-americano em função das eleições que elegeram o atual presente, Joe Biden e dispacharam o ex-presidente Donald Trump.
Essa contribuição se dava através de posts de incitação à violência e organização dos ataques à democracia norte-americana, uma das mais sólidas e antigas do mundo moderno. Amazon, Google e Apple tomaram ações contra a Parler. A Amazon baniu o serviço de sua divisão de negócios Amazon Web Services (AWS). Já o Google e a Apple, expulsaram a Parler de suas lojas de aplicativos.
Existe um processo da Parler contra a Amazon em função do bloqueio, porém, como a Parler desonrou os termos de serviço da Amazon Web Services, já ocorreu também uma negativa por parte da justiça na solicitação da rede social de extrema direita. No entanto, o processo segue em andamento para instâncias superiores.
Mesmo com o retorno da Parler, os aplicativos permanecem banidos das lojas de aplicativos mais populares. Sendo assim, o impacto gerado à rede social continua forte, uma vez que grande parte dos usuários se encontraram na Parler através de lojas de aplicativos.
Em meio ao caos na empresa, há também a mudança de CEO. A Parler busca integridade no comando de suas ações, porém, não ficou claro se isso é uma mudança de postura em meio à política de exclusão à violência e ao discurso de ódio proposto pela companhia. O fato é que, se continuar como estava, vai ser difícil da Parler firmar parcerias para sua estrutura e, provavelmente, se transformará em um negócio insustentável.
