Na última terça-feira (5) a ONU anunciou que as três mil maiores empresas do mundo foram responsáveis por um terço dos danos ambientais ocorridos em 2008. Um dia após a divulgação do comunicado, o setor privado se reuniu no México, para cobrar novas metas de redução nas emissões dos gases de efeito estuda para 2020.
O estudo divulgado pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) calculou o prejuízo monetário causado por essas empresas e os números chegaram a US$ 2,15 trilhões. Em resposta, representantes do setor privado de 25 países se encontraram em uma cúpula empresarial, com o objetivo de cobrar metas de redução mais ambiciosas do governo.
Os empresários lembraram que o maior desafio ambiental e de desenvolvimento atualmente é a mudança climática. Para eles, a redução nas emissões de gases de efeito estufa deve ser feita a partir de critérios científicos.
A reunião, que aconteceu a menos de dois meses da 16a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Clima (COP16), cogitou a possibilidade de reduzir 50% das emissões até 2050, tendo como base a quantidade de gases liberada no ano de 1990.
Para alcançar esse objetivo a iniciativa privada cobrou a criação de mercados para soluções de baixas emissões de carbono. Dessa forma, eles acreditam ser possível manter o crescimento econômico sustentável e, também, a qualidade de vida nos países.
Foram discutidas soluções para os setores: energético, informação e telecomunicações, construção, agricultura, alimentação e transporte. Um dos pontos mais importantes, a energia, foi tida como solucionável. Até 2050, as empresas esperam utilizar somente energia renovável, eliminando assim os combustíveis fósseis. Esse ideal é considerado bastante possível, por causa das tecnologias já existentes e outras que ainda estão em desenvolvimento.
Participaram da reunião as empresas: Acciona, Alstom, British Telecom, Walmart, Tata, Bimbo, Hewlett Packard, AP Moeller Maersk, Coca-Cola, Siemens, Nestlé, Calera, Cemex, Deloitte, McKinsey e Trina Solar.
Com informações da Folha