A reação dos cachorros ao se verem em um espelho pela primeira vez é sempre muito engraçada, independente de se o animal é ainda bebê ou já mais velho. Geralmente eles querem brigar com o seu próprio reflexo, como se ali se tratasse de um outro cão.
Ao repararmos essa reação, com o tempo ela vai mudando e o cão não vai mais brigar com o seu reflexo, ele simplesmente não liga mais para o que está vendo.
Cientistas e pesquisadores fizeram diversos estudos para saber se os cães conseguem ter o mesmo entendimento que os humanos e perceber que o que aparece no espelho é apenas um reflexo.
De acordo com psicólogos, para conseguir reconhecer que a imagem que estamos olhando é nossa, é necessário ter autoconsciência, que é um dos aspectos mais sofisticados da consciência.
Nós não nascemos com a capacidade de nos reconhecermos nos espelhos. Segundo estudos, é só a partir de alguma idade entre 18 e 24 meses que os bebês começam a entender que eles estão olhando para si mesmos no espelho.
No caso dos animais, experiências demonstraram que chimpanzés também são autoconscientes, assim como orangotangos, gorilas e golfinhos, que também respondem com a mesma evidência de autoconsciência quando apresentados a seus próprios reflexos.
A reação dos cães ao verem seus reflexos mostra coisas diferentes. Uma delas é que eles até passam a reconhecer seu reflexo, mas não são vaidosos e preocupados com a sua aparência como os outros animais ao ponto de ficarem se avaliando em frente ao espelho.
Outra conclusão é de que os cães não conseguem reconhecer seu reflexo por não terem autoconsciência e, portanto, consciência. Porém, o biólogo Marc Bekoff, da Universidade do Colorado, interpreta isso de outra forma.
Para Marc, talvez os cães não reconheçam seu reflexo simplesmente por eles serem menos afetados por eventos visuais do que os seres humanos e a maioria dos macacos, visto que o olfato dos cachorros é muito mais forte do que sua visão.
Prova disso é que eles parecem reconhecer o cheiro de cães e pessoas familiares, deles próprios e também de algumas doenças, como já mostramos aqui em uma matéria.
Fonte: Psychology Today
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