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Samsung ignora sugestões dos consumidores: Galaxy Buds 4 Pro sem Blade Lights.

Os Galaxy Buds 4 Pro estão prestes a estrear no mercado brasileiro, prometendo excelente qualidade de áudio e eficaz cancelamento de ruído. No entanto, um detalhe chamou atenção: a Samsung decidiu dispensar o design icônico com Blade Lights dos Buds 3 Pro. Essa alteração vai além da estética – indica um padrão de inovação inconsistente que pode decepcionar quem busca um verdadeiro progresso a cada nova geração.

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Blade Lights: promessa e desapontamento

Ao serem lançados, os Galaxy Buds 3 Pro apresentaram as Blade Lights: pequenas luzes em forma de lâmina que iluminavam ao emparelhar os fones, criando um efeito futurista.

Vários fãs acreditaram que isso era apenas o começo e esperavam funcionalidades adicionais, como personalização de cores ou sincronização com notificações do smartphone. Contudo, em vez de aprimorar esse recurso, a Samsung decidiu removê-lo completamente nos Buds 4 Pro.

Um histórico de recuos: de câmera invisível a scanner de íris

A trajetória da Samsung inclui diversos lançamentos ambiciosos que existiram apenas por uma geração:

  • Câmera sob a tela no Galaxy Z Fold 3: anunciada como “câmera invisível”, foi eliminada em versões posteriores;
  • Displays curvados Edge: ícone dos flagships Galaxy por anos, agora são bem menos frequentes;
  • MST no Samsung Pay: prometia compatibilidade com terminais antigos, mas foi descontinuado sem aviso;
  • Scanner de íris no Galaxy S8: uma inovação de segurança biométrica que foi descartada no S10.

Cada uma dessas tecnologias apareceu como um grande “destaque” e logo desapareceu tão rapidamente quanto surgiu.

Inovação sem compromisso

A Samsung merece reconhecimento por sua ousadia em design e funcionalidades, mas deixa a impressão de que muitas ideias são meros “testes rápidos”. As Blade Lights poderiam ter se tornado um diferencial marcante em outros produtos — talvez até um acessório RGB para gamers?

No atual ritmo acelerado de lançamentos, parece que muitas ideias são descartáveis. A questão é: vale a pena criar expectativa se, pouco depois, o consumidor sente que adquiriu uma edição “beta” que não será repetida?

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O que os concorrentes fazem

Enquanto isso, marcas como a Apple mantêm suas linhas de AirPods consistentes, refinando cada detalhe sem eliminar recursos visuais relevantes de uma versão para outra.

A Sony, por sua vez, investe em edições limitadas com cores e acessórios – e até permite a gravação de mensagens pessoais para personalizar alertas nos fones.

A Xiaomi foca em colaborações com artistas e jogos para lançar fones coloridos, demonstrando que o design pode educar comunidades e perdurar várias gerações.

Por que isso importa agora

Se você é um entusiasta de som e tecnologia, é importante observar a consistência das marcas. Lançamentos demandam investimento e aprendizados, mas precisam de continuidade para estabelecer lealdade.

Ao considerar os Buds 4 Pro, vale examinar se a ausência das Blade Lights indica cortes de custos, um foco em melhorias de áudio ou simplesmente mais uma fase da “roleta de recursos” da Samsung.

E o futuro?

Fica a dúvida se a Samsung irá reconsiderar o design em futuras gerações ou se a era das Blade Lights realmente ficou no passado. Resta a expectativa de que, antes de descartar uma ideia, a empresa permita que ela amadureça.

Veremos um “Buds 5 Pro RGB Edition” ou a iluminação será relegada a um museu de ideias abandonadas? Esperamos que, da próxima vez, a Samsung se comprometa realmente com suas criações.

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