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Review – Canon EOS 1Dx Mark II

Embora tenha sido lançada antes da EOS 5D Mark IV, só agora foi possível testar o verdadeiro “canhão” da Canon, a segunda geração da topo de gama EOS 1Dx. À primeira vista, as diferenças em termos de corpo (dimensões, formato, organização dos comandos) mantém-se intacta, excepto o painel traseiro, que recebe um ecrã que passa a ser de 3,2 polegadas táctil, embora sejam reduzidas as situações em irá tirar partido desta nova forma de interactividade.

Ignorando este ponto, a gama EOS 1D mantém-se praticamente igual desde o lançamento do primeiro modelo em 2001, sendo esta uma das suas principais características, isto sem contar com o seu excepcional desempenho, razão pela qual é uma das máquinas mais usadas por profissionais que cobrem grandes eventos, como os Jogos Olímpicos ou Mundial de Futebol. Esta situação permite que qualquer profissional, habituado a estas Canon, possa pegar no novo modelo, aplicar as suas definições e começar a fotografar como se esta sempre fosse a sua máquina.

Sensor melhorado
Todavia, além da familiaridade, esta EOS recebe novos elementos, como o sensor CMOS do tipo Full-Frame com vinte milhões de píxeis, um pequeno incremento de 2 MP, mas que fazem toda a diferença tendo em conta as restantes novidades. Entre estas, temos a solução Dual Pixel, que melhora significativamente a velocidade e precisão do sistema de focagem automática, incluindo em modo Live View, bem como no alcance dinâmico captado pelo sensor. Isto acontece graças à integração, no próprio sensor, do conversor A/D (analógico para digital), o que melhora de forma significativa a qualidade de imagem, tal como aconteceu com a EOS 80D e 5D Mark IV. A isto somamos o facto de o sensor, em conjunto com o processador, permitir captar até catorze imagens por segundo com ajuste de focagem e exposição (dezasseis em modo Live View).

Vídeo limitado
Não tendo sido criada para adeptos do vídeo, mas sim por uma questão de esta ser uma das ferramentas mais completas do mercado, a 1DX pode filmar em resolução 4K a 60 fps através da tecnologia Motion JPEG, ou seja, na realidade são captadas 60 fotografias por segundo de 8,8 MP, sendo posteriormente agregadas pelo processador de imagem para criarem um vídeo, que surpreende pela excepcional qualidade, uma das melhores que alguma vez vi. Peca, porém, pelo facto de, tal como referi, não ter sido criada com o intuito de ser uma máquina para vídeo. Assim, há poucas funcionalidades e ajustes para fazer nesta área, que seriam muito bem-vindas, como o padrão Zebra, ou uma saída de vídeo que não estivesse limitada a 1080p (a 8 bit 4:2:2), para permitir a gravação do sinal num dispositivo externo, uma vez que a gravação do vídeo em 4K a 60p só é possível quando usado um cartão CFast, um dos dois tipos de cartões suportados pelo leitor duplo de cartões da máquina.


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