Uma franquia não sobrevive por mais de 20 anos sem correr alguns riscos. Exemplo: Resident Evil 4, que deu vida nova à tradição da série, mudando a perspectiva da câmera para sobre o ombro e com um estilo de jogo mais agressivo.
Agora, com a série em uma nova encruzilhada, Resident Evil 7 biohazard partiu totalmente para FPS, com um modo opcional para o PlayStation VR. Com base nas quatro horas que joguei na semana passada na sede da Capcom nos EUA, acho que a nova abordagem injeta bastante vitalidade e confiança na icônica série de terror.
Para evitar spoilers, vou manter os detalhes da história um pouco mais abertos. Você joga com Ethan Winters, um cara comum que procura sua esposa desaparecida na região pantanosa da Louisiana. No início do jogo, Ethan é sequestrado pela família Baker, um bando de degenerados que têm mais do que uma mera semelhança com a família Peacock daquele episódio de Arquivo X.
Pouco tempo depois, eu já estava livre para percorrer os corredores claustrofóbicos da propriedade Baker, uma casa que irradia doença e contaminação em cada canto. Carcaças de animais adornam as paredes e cada superfície é coberta de coisas de dar nojo. É um carnaval de carnificina.
Apesar do novo estilo de jogo FPS, Resident Evil 7 ainda é um jogo de survival-horror. Você vai encontrar portas “trancadas pelo outro lado”, uma certa angústia no momento de escolher quais armas e suprimentos levar, e resolver puzzles ambientais utilizando artefatos como a sua Manivela de confiança. Um detalhe bem-vindo vem na forma de químicos que podem ser misturados, os quais você pode combinar com ervas, pólvora e outros itens para criar suprimentos preciosos.
Os encontros com os inimigos (novamente, eu estou tentando não dar spoilers) são difíceis e tensos, graças à escassa munição e o design irritantemente persistente da IA que mostra os membros da família Baker vagando livremente pelos cômodos de maneira que faz lembrar o xenomorfo de Alien Isolation.
Também Fiquei bastante satisfeito de ver a Capcom experimentar com novos dispositivos narrativos, incluindo fitas VHS, que permitem ver — e jogar — a história a partir da perspectiva de outros personagens. Tudo isso enquanto um informante misterioso te contata por telefones espalhados por toda a casa.
Embora eu só tenha podido jogar em uma HDTV padrão, é fácil de ver como o PlayStation VR irá trazer uma nova e perturbadora dimensão para um título que já parece extremamente promissor.
Resident Evil 7 biohazard chega ao PS4 em 24 de janeiro — depois dessa minha sessão de jogo, eu estarei contando os dias.