Até o final de Abril, cerca de 120 câmeras começarão a acompanhar policiais do 37º Batalhão de São Paulo, localizado na zona sul da capital paulista. A iniciativa tem como propósito filmar abordagens que posteriormente poderão ser utilizadas por autoridades judiciais e de segurança pública.
O principal objetivo do projeto é dar mais transparência nas ações policiais, além de reduzir ações que comprometem a corporação, tais como abuso de poder e corrupção promovida por agentes. Outro ponto importante é que ao filmar as ações, a polícia também pode responder, com base nas imagens gravadas, por falsas acusações.
Estima-se que outras mil câmeras estejam sendo orçamentadas em R$ 5 milhões e devem ser entregues à Polícia nos próximos anos.
Outros projetos de segurança pública podem ajudar no combate à criminalidade
Além das câmeras em policias na grande São Paulo, outros projetos estão chamando a atenção da população diante do alto índice de criminalidade nos grandes centros urbanos do país.
Em cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, diversas câmeras de reconhecimento facial estão sendo instaladas, com o objetivo de captar imagens de possíveis criminosos foragidos da justiça.
Esse mesmo sistema foi utilizado no carnaval deste ano e foi responsável pela identificação e contenção de um suspeito de homicídio que estava foragido da polícia. O homem estava fantasiado com peruca e maquiagem, o que não inviabilizou a identificação pelo sistema de reconhecimento facial.
O Brasil e o alto índice de criminalidade
De acordo com o Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de 62.517 assassinatos cometidos no país em 2016 coloca o Brasil em um patamar 30 vezes maior do que o da Europa, segundo o Jornal O Globo.
Ações como a da Polícia de SP e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) podem ajudar a reduzir a alta taxa de criminalidade no país. No entanto, é preciso que o Estado manifeste o interesse em desenvolver políticas públicas que ajudem e combatam a criminalidade pela raiz, iniciando nas bases do tráfico de drogas e destruindo também os redutos das milicias.
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