Projetos apoiados pela ONU fazem parte de uma nova publicação sobre o que o setor privado do Brasil tem feito pelo desenvolvimento sustentável. Elaborado pelo Pacto Global das Nações Unidas, o documento reúne 19 iniciativas empresariais em áreas como água e saneamento, educação, comunicação, florestas, clima e agronegócio. Entre as estratégias, está um programa da UNESCO e do Fundo Vale para promover a pesca responsável na costa amazônica.
A iniciativa PeSCA visa melhorar a renda e a qualidade de vida de pescadores de 30 comunidades do litoral do Pará, Maranhão e Amapá. Outro objetivo é garantir que a cadeia produtiva dos recursos pesqueiros locais seja responsável do ponto de vista ecológico, econômico e social.
Uma das ações do projeto foi a capacitação técnica dos pescadores, a fim de ensiná-los a negociar o valor do pescado de forma sustentável. O programa também produziu duas análises de cada estado, com base em pesquisas de campo na região: o Diagnóstico Sociocultural, Econômico e Ambiental e o Diagnóstico das Cadeias Produtivas.
Outra frente de atuação do PeSCA foi a juventude, por meio da iniciativa “Jovens Protagonistas na Sustentabilidade”. O subprojeto promove o engajamento de adolescentes das comunidades que, em muitos casos, são filhos de pescadores.
Todo o programa foi elaborado coletivamente, com o envolvimento direto de representantes do governo federal, das autoridades do Pará, Amapá e Maranhão, de prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, ONGs, lideranças comunitárias e pescadores.
PNUD
Outra iniciativa incluída na publicação do Pacto Global é o Projeto Oeste 2030: Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável. Fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional e o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), essa estratégia difunde os Objetivos Globais das Nações Unidas em 54 municípios do oeste do Paraná. A proposta é estimular a atuação conjunta do setor público e privado e da sociedade civil em prol dessas metas.
O projeto do PNUD se estrutura em três eixos. O primeiro, Diálogos, cria espaços onde governo municipal, cidadãos e empresas podem se reunir e definir uma agenda de prioridades para a cidade, alinhada à Agenda 2030 da ONU. Ao longo de dois anos de existência do programa, já foram realizadas mais de 150 reuniões, com a participação de mais de 2 mil pessoas.
O segundo eixo, Avaliação e Monitoramento, consiste em criar ferramentas para as discussões e para a elaboração de projetos e políticas públicas. Como resultado das atividades realizadas nesse segmento, foi criada a plataforma Oeste 2030, que deve disponibilizar para os municípios mais de 60 indicadores sobre os Objetivos Globais. O terceiro, previsto para 2019, é o eixo de Formação, que vai formar gestores e líderes locais na utilização desse e outros instrumentos.
Acesse a publicação do Pacto Global na íntegra clicando aqui (em português).
Via ONU Brasil.