Equipado com 60 núcleos de processamento, o Intel Xeon Phi (codinome “Knights Landing”) promete ser 3 vezes mais veloz que seu antecessor, consumindo ainda menos energia
A Intel anunciou ontem durante o ISC (International Supercomputing Conference), que acontece em Leipzig, na Alemanha, a nova geração do seu coprocessador many-core Xeon Phi (codinome Knights Landing), cuja previsão é de chegar ao mercado no segundo semestre de 2015.
Para quem não sabe, o Xeon Phi é baseado no Larrabee, o primeiro processador de múltiplos núcleos da empresa que foi fruto de uma pesquisa da casa – o chamado Terascale Processor de 2007 – que estudava a possibilidade de que dezenas de núcleos x86 independentes pudessem trabalhar em conjunto como se fosse um único chip…
… sendo assim capaz de devorar trilhões de operações de ponto flutuante por segundo, o que soa como música para os ouvidos de quem lida com aplicações de processamento intensivo como computação científica, mineração, reconhecimento, simulações, tratamento de imagens, gráficos 3D em tempo real, análise financeira, sistemas médicos etc.
Uma das grandes sacadas do Larrabee é o fato de ter uma microarquitetura aberta, flexível e facilmente programável com as atuais ferramentas de software, mas o seu desenvolvimento mostrou ser bem mais complexo do que o esperado. De fato, no início ele era pra ser uma super placa gráfica chutadora de traseiros de GPUs (e isso bem antes do conceito de GPGPU existir) mas que, no fim das contas, acabou virando um coprocessador aritmético de uso geral para HPC que, de tão rápido também é capaz de processar gráficos em tempo real via ray-tracing e pela rede.
Chegamos a ver uma demo desse recurso em cores e ao vivo num evento da Intel em 2010:
O novo Knights Landing anunciado no ISC vem equipado com mais de 60 núcleos de processamento (tinhamos chutado 62) baseado na microarquitetura Silvermont que é o mesmo usado no processador Atom Clovertrail para celulares. Isso pode parecer estranho, mas num papo que tivemos com Justin Rattner, CTO da Intel, as primeiras versões do Xeon Phi usavam núcleos baseados no Pentium original considerado um dos chips com a melhor relação de desempenho x número de componentes do seu circuito.
E com a troca pelo Silvermont, o Xeon Phi agora conta com um processador de ponto flutuante mais robusto e com suporte para double precision, o que resultará num tremendo ganho de desempenho e excelente economia de energia.
Segundo a Intel, o Knights Landing será capaz de processar mais de 3 TFLOPS (operações de dupla precisão) o que chega a ser três vezes o desempenho do seu antecessor. E como um processador independente para servidores, o Knights Landing oferecerá suporte para memória DDR4 comparável em capacidade e largura de banda às plataformas baseadas no processador Intel Xeon, permitindo que os aplicativos tenham uma capacidade de memória muito maior. O Knights Landing terá compatibilidade binária com os processadores Intel Xeon, facilitando assim a reutilização da imensa quantidade de códigos existentes.
Fora isso, uma das grandes novidades do Knights Landing é a tecnologia Intel Omni Scale Fabric projetada e otimizada para as próximas gerações de computadores de alto desempenho. Ela foi criada com uma combinação de PIs melhoradas adquiridas da Cray e da Qlogic, combinadas com as inovações desenvolvidas pela Intel e incluirá uma linha completa de produtos formada por adaptadores, interruptores, sistemas direcionadores de interruptores, gestão e ferramentas de código aberto.
Além disso, transceptores elétricos tradicionais nos direcionadores de interruptores com os materiais atuais serão substituídos pelas soluções baseadas na tecnologia Intel Silicon Photonics, que possibilitarão uma maior densidade de portas, cabeamento simplificado e custos reduzidos. O Intel Omni Scale Fabric também será integrado à próxima geração de processadores Intel Xeon de 14 nm.
Legal né?
Números enormes: Intel mostra novo Xeon Phi (o neto de Larrabee!) foi publicado no ZTOP+ZUMO.
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