Meio Ambiente

Mudanças climáticas causaram a “cratera do fim do mundo”, diz especialista

A “cratera do fim do mundo”, como o buraco ficou conhecido, ocorreu próximo a uma das maiores jazidas de petróleo da Rússia.

Um evento natural curioso e com proporções enormes ocorreu há três semanas na Sibéria. Uma cratera gigante, com mais de 60 metros de diâmetro, abriu no solo, sem que fosse identificada a presença humana. Os pesquisadores atribuem o fenômeno às mudanças climáticas.

A “cratera do fim do mundo”, como o buraco ficou conhecido, ocorreu próximo a uma das maiores jazidas de petróleo da Rússia, mas os especialistas que visitaram o local garantem que não houve explosão e que nenhuma máquina foi responsável pelo ocorrido.

Mesmo que a situação seja assustadora, eventos semelhantes já foram observados em diferentes localidades. “São consequências direta do aquecimento de nosso planeta, que provoca o derretimento dos gelos perpétuos que cobram a tundra siberiana. Porém não é algo catastrófico, já que a Sibéria é um lugar muito sensível às mudanças”, explicou Leonid Rijvanov, doutor em geologia pela Universidade de Tomsk, à Agência Efe.

No entanto, mais do que o tamanho do buraco, a preocupação é com as possíveis consequências disso. O pesquisador esclarece que o gelo contém gás e com a redução da espessura, esse material é disparado como se fosse um vulcão, formando essas fístulas enormes.


Foto: Reprodução

A geóloga Maria Leibman, da Academia de Ciências da Rússia, também foi ao local, analisar as possíveis causas do fenômeno. Segundo ela, foi possível identificar uma concentração mais alta que o normal de gás metano, que é altamente inflamável e poluente que outros gases de efeito estufa. A cientista também garante que os níveis de radiação estavam acima do normal.

Outros buracos com as mesmas características, mas em proporções menores, foram identificados na região, o que alerta para a necessidade de estudos mais específicos da área para prevenir novos desastres. 

Veja no vídeo abaixo os detalhes desta cratera.

Redação CicloVivo