Tecnologia

Modo secreto do Bing, que ‘imita’ celebridades, pode dar problemas à Microsoft

A atualização do Bing, o mecanismo de busca da Microsoft, conferiu capacidades de inteligência artificial criativa à ferramenta – cortesia da parceria entre a empresa de Redmond e a OpenAI, que resultou na integração do ChatGPT no buscador. O que poucos sabem é que a nova ferramenta também tem um modo secreto mais engraçadinho, que imita celebridades.

A novidade foi identificada pelo BleepingComputer, e conforme aponta o site, esse “Modo Celebridades” não pode ser acessado por meios convencionais. Na realidade, você só consegue usar o modo do Bing…perguntando para o Bing – literalmente: você deverá questionar o buscador sobre o modo, para que ele lhe explique tudo em detalhes e lhe abra a opção de testá-lo.

Imagem: BleepingComputer/Reprodução

Segundo testes feitos dentro do modo, o Bing consegue conversar com você imitando vozes como Keanu Reeves, Adele, Bill Gates, Emma Watson, Harry Styles e várias outras – incluindo material ficcionais: Batman, Elsa, Gandalf, Darth Vader e até o Gollum. Este último, testado pelo BleepingComputer, repetidamente referia-se ao site como “precioso”, a exemplo do personagem antagonista de O Senhor dos Anéis.

Uma restrição que normalmente não pode ser contornada é a imitação de pessoas de influência – como políticos ou ativistas. Entretanto, o site disse que isso depende de como você formula a pergunta – e o chat não tem medo de seguir a imitação com força: uma imitação de Donald Trump adora reproduzir ilações e fake news sobre “eleição roubada” e “esquerda radical”.

Captura de imagem mostra o New Bing imitando o Gollum, de O Senhor dos Anéis

Imagem: BleepingComputer/Reprodução

Imagem mostra o Bing, da Microsoft, imitando Donald Trump

Imagem: BleepingComputer/Reprodução

Naturalmente, a possibilidade de usar o Bing para imitar figuras influentes nos ajuda a entender o motivo pelo qual a Microsoft escondeu a função dos usuários. Apesar de ela existir em tom de brincadeira, é bem fácil perceber como a ferramenta pode ser usada para polarizações indevidas de discurso, efetivamente aumentando o problema da desinformação na internet.

Ainda não há informações sobre a Microsoft disponibilizando a novidade em caráter público – ou mesmo se ela vai fazer isso. A empresa não comentou o material divulgado até agora.


Créditos: TecMasters