Meio Ambiente

Legislação na China não pune maus tratos a animais de pequeno porte

Ambulantes chineses vendem chaveiros que vêm com peixes ou uma espécie de tartaruga brasileira vivos, nas estações do metrô e trens. Os animais são vendidos em sacos plásticos de sete centímetros, cobertos com um líquido colorido.

Ambulantes chineses vendem chaveiros que vêm com peixes ou uma espécie de tartaruga brasileira vivos, nas estações do metrô e trens. Os animais são vendidos em sacos plásticos de sete centímetros, cobertos com um líquido colorido.

A denúncia foi feita ao jornal chinês Global Times, em maio, que enviou um repórter ao local para confirmar o fato. O jornalista presenciou a venda de dez chaveiros em cinco minutos. Ele constatou também que os vendedores convenciam os compradores de que o acessório trazia sorte, que aqueles animais não eram prejudicados e que a água colorida possuía nutrientes que permitiam que os animais sobrevivessem no chaveiro por meses.

Depois de presenciar diversas vendas, o repórter interrogou alguns compradores, que afirmaram acreditar que o amuleto traria sorte, enquanto outros disseram que teriam comprado simplesmente para fazer a soltura dos animais.

O país não considera um crime este tipo de comércio. A única legislação vigente se refere a animais selvagens de médio e grande porte. Portanto, este tipo de venda é legal. Porém, ONGs chinesas, defensoras dos animais, já estão cientes do comércio e têm se mobilizado contra esta prática.

A co-fundadora do Centro Internacional de Serviços Veterinários, Mary Paeng, explica que “eles [os animais] morreriam sem oxigênio”. Qin Xiaona, diretor da ONG Capital Animal Welfare Association, disse: “Prender um ser vivo dentro de um espaço lacrado e confinado por lucro é imoral, é puro abuso animal”. Ele conclui que, se os consumidores se tornassem conscientes e parassem de comprar, o mercado seria extinto.

Redação CicloVivo

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