O Mar Morto ganhou este nome devido ao seu alto nível de salinidade, que torna praticamente impossível a sobrevivência de quase todos os tipos de espécies marinhas. Apesar de descobertas recentes terem encontrado alguns tipos de micróbios capazes de resistirem ao sal dessas águas, a vida do Mar pode estar com os anos contados.
Ao longo das últimas décadas a região foi monitorada por satélites e as imagens coletadas pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) mostram uma redução drástica na área ocupada pelo Mar Morto. No comparativo divulgado recentemente estão fotos de 1972, 1989 e 2011. Não é preciso ser um especialista para identificar a perda da área ocupada pela água.
Nas imagens, a área ocupada por águas profundas é representada pelo azul escuro, as águas rasas são o azul claro, o rosa é o deserto estéril, o verde simboliza a vegetação esparsa e o vermelho indica vegetação densa.
De acordo com uma pesquisa feita pelo EcoPeace Middle East, o Mar Morto já perdeu um terço de sua área de superfície e está diminuindo a uma taxa de um metro por ano. As justificativas para uma redução tão grande são as mudanças no Rio Jordão e a extração de sal do Mar Morto, uma prática que acontece desde o Egito antigo, mas que ganhou proporções muito maiores na história recente.
A Jordânia e Israel, os países separados pelo mar que também isola a África e a Ásia, têm um acordo para tentar salvar o Mar Morto. O plano de ação inclui, entre outras coisas, um gasoduto que transportaria a água do Mar Vermelho para o Mar Morto. A intenção é bombear 300 milhões de metros cúbicos anualmente.
O Mar Morto atrai turistas do mundo inteiro, que buscam flutuar em suas águas calmas. Ele também abriga costas que chegam a quase quatro mil metros abaixo do nível do mar.
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