A chegada de Donald Trump à Casa Branca trouxe muitas lacunas sobre qual deve ser sua postura à frente de um dos principais cargos do mundo. No campo econômico, algumas manifestações mostram qual deve ser o caminho da administração.
O especialista em negócios nos Estados Unidos, Paulo Rossetti, da Boston Innovation Gateway, indica que as empresas brasileiras deverão rever suas estratégias. Rossetti acredita que, inicialmente, Trump deverá aumentar significativamente tarifas alfandegárias especialmente de produtos fabricados em países com baixo custo de mão-de-obra, como México e China.
“Apesar do Brasil não ser alvo principal, deverá também ser afetado. Por outro lado, Trump já anunciou seu plano de redução de imposto corporativo de 35% para 15%, incentivando empresas a se instalarem no país”, destaca.
O executivo da BIG sugere que a alternativa mais viável para o sucesso de uma empresa na colocação de seus produtos ou serviços no mercado norte-americano seja o estudo para sua internacionalização, ao invés do foco na simples exportação, pois seus produtos poderão perder mercado com o provável aumento da barreira de entrada.
Segundo Paulo Rossetti, a perspectiva é de que Trump estimule negócios que irão gerar empregos nos EUA e que trarão inovação ao país, o que confirmaria a necessidade de que as empresas que queiram entrar ou crescer no mercado norte-americano busquem a abertura de uma subsidiária local.
“Todas as declarações e o posicionamento do presidente eleito mostram sua intenção de apoiar e fomentar a instalação de empresas nos EUA”, reforça o especialista em negócios.