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Enfisema subcutâneo em cavalos

O enfisema subcutâneo é raro em outras espécies, mas os cavalos são mais propensos a sofrer com o problema. Saiba mais sobre essa doença aqui!

O enfisema subcutâneo em animais não é frequente, mas ocorre devido a múltiplas causas.

Entre elas, estão as feridas cutâneas, trauma torácico e perfuração pulmonar. Os cavalos são os mais propensos a ter esse tipo de doença. Por isso, falaremos hoje sobre o enfisema cutâneo nesses animais.

O que causa enfisema subcutâneo?

A perfuração de vísceras abdominais, enfisema pulmonar ou a presença de bactérias formadoras de gás podem estar relacionados com rupturas de traqueia ou esôfago.

Ou, até mesmo, pode ser observada após procedimentos cirúrgicos, tais como uma traqueostomia ou intubação endotraqueal.

No caso de equinos, foram registradas lesões perfurantes na área das axilas como uma causa de enfisema subcutâneo generalizado. Assim, permitindo a entrada de ar pelas feridas na medida que o cavalo se movimenta. Por isso, é um dos áreas a serem verificadas minuciosamente quando um animal chega com enfisema subcutâneo.

Outra das causas mais documentadas de enfisema subcutâneo é a perfuração ou ruptura traqueal, que pode ser causada por chutes, acidentes em testes esportivos ou perfurações com objetos pontiagudos.

A disposição superficial da traqueia, abaixo das vértebras cervicais, a expõe a esse tipo de traumatismo.

Em equinos com enfisema subcutâneo, atenção especial deve ser dada aos possíveis sinais de celulite ou sepse, devido à possível infecção do tecido subcutâneo.

Diagnóstico do enfisema subcutâneo em cavalos

A busca de perfurações tanto no nível da traqueia quanto no nível torácico é também uma parte vital da exploração, com ênfase especial no nível axilar.

O enfisema dessa distribuição pode ter origens diferentes. Assim, é importante descartar o pneumotórax, pois, embora estas origens possam ser complicações decorrentes de um trauma traqueal, são mais frequentes num trauma torácico.

Um raio X e ultrassom do tórax são boas formas de diagnosticar esses problemas, mas eles não necessariamente aparecerão na perfuração traqueal. Entretanto, a distribuição de ar pode nos dar pistas a esse respeito.

É de vital importância avaliar a capacidade respiratória e o surgimento de possíveis complicações no durante a internação.

Provavelmente, o mais interessante é realizar uma avaliação radiográfica e torácica.  Caso você perceba que capacidade respiratória está comprometida, não hesite em recorrer ao veterinário.

Veterinária examinando boca de um cavalo

Tratamento do enfisema subcutâneo em equinos

Independentemente da intervenção cirúrgica do orifício que permite a entrada de ar, é necessário estabelecer um tratamento antimicrobiano para evitar a infecção do tecido subcutâneo.

O uso de penicilina é o mais comum neste caso, e você poderá ter que usar altas dosagens dependendo do nível de infecção.

O uso do soro antitetânico também é recomendado e é geralmente administrado em cavalos com enfisema subcutâneo generalizado.

Dessa forma, fica claro o risco de tétano que o cavalo sofre numa situação de enfisema.

A realização de traqueostomias neste tipo de perfurações permite melhorar a capacidade respiratória do animal. Nos pacientes mais velhos, as traqueotomias permitem a colocação de um tubo endotraqueal, que pode reduzir a passagem do ar através da solução de continuidade e a pressão sobre ela. Assim, a cicatrização acontece mais rapidamente.

Em relação à ferida causada pela entrada de ar, o estado dos tecidos deve ser avaliado na traqueoscopia.

Saiba que pequenas perfurações podem ser fechadas com selos de fibrina em 24 a 48 horas. No entanto, aberturas maiores devem ser suturadas para evitar o progresso do enfisema subcutâneo.


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