Vida Sustentável

Dicas para prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de mama

Quando diagnosticado e tratado precocemente, o câncer de mama tem maior chance de cura.

Respondendo por 21% dos casos novos a cada ano, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a mortalidade da doença continua elevada no Brasil, principalmente porque os diagnósticos são feitos apenas quando o câncer já está avançado. De acordo com o INCA estima que mais de 57 mil novos casos sejam diagnosticados ainda neste ano na população feminina brasileira. Em São Paulo, a mortalidade vem caindo nos últimos anos, provavelmente por maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento em nosso estado.

Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos do diagnóstico é de 61%. Muitas das medidas preventivas, contudo, são simples de serem adotadas e podem trazer benefícios amplos para a saúde de uma forma geral. Uma parcela dos casos pode ser evitada com a adoção de um estilo de vida saudável.

De acordo com o mastologista e ginecologista do HCor, Dr. Afonso Nazario, o câncer de mama possui fatores de risco não modificáveis e modificáveis. “Os não modificáveis incluem o gênero, a idade, fatores genéticos, a densidade mamária, histórico familiar e pessoal. Já os fatores modificáveis (que são relacionados ao estilo de vida) são: reposição hormonal após a menopausa, amamentação, consumo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo”, esclarece o Dr. Afonso.

Quando diagnosticado e tratado precocemente, o câncer de mama tem maior chance de cura. Para ajudar nesta tarefa, a área de Oncologia do Hospital do Coração (HCor) dá algumas dicas:

Prevenção: a adoção de um estilo de vida saudável pode diminuir o risco para o desenvolvimento da doença: pratica regular de exercícios físicos, incluindo caminhadas, alimentação balanceada, evitar o consumo excessivo de álcool e o peso adequado, especialmente após a menopausa;

Diagnóstico: o autoexame das mamas não é a melhor forma de identificar precocemente o câncer de mama – a consulta periódica com um médico e a mamografia são medidas mais eficazes no diagnóstico. A mulher deve ter a “consciência da mama”, ou seja, lembrar que a mama pode ficar doente e precisa de cuidados, reconhecendo a importância de fazer exames periódicos com o seu médico.

Após os 40 anos, todas as mulheres devem fazer mamografias anualmente. Quem apresentar histórico familiar deve iniciar a rotina de prevenção com exames mais cedo, com a orientação de um médico;

Tratamento: a conduta terapêutica pode envolver intervenção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia, endocrinoterapia, terapia-alvo ou uma combinação entre estas modalidades. Nos últimos 10 anos, os avanços nesses métodos têm permitido tratamentos mais rápidos, eficazes e com menos efeitos colaterais.

Fique atento:

Nódulos (caroços) nas mamas;

Alterações no bico do peito (mamilo);

Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;

Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas);

Saída de líquido pelo mamilo de forma espontânea e persistente.

Segundo o mastologista do HCor, estas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama. As mulheres devem olhar, apalpar e sentir as mamas para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas. E claro: procurar orientação médica. “Em geral o câncer de mama não produz dor. Assim, ao perceber um nódulo, mesmo que não doloroso, a mulher deve procurar um mastologista”, alerta.