Foi logo após ganhar a eleição que Donald Trump encontrou divergências entre seus negócios e o futuro cargo. Reunido com o líder do Brexit, Nigel Farage, o futuro presidente pediu ajuda para barrar a instalação de turbinas eólicas em frente seu campo de golfe na Escócia, o que poderia prejudicar seus ganhos. Depois, Trump sugeriu que Farage fosse embaixador britânico nos EUA, o que foi rejeitado em Londres.
Isso mostrou que os interesses pessoais de Trump poderão afetar e muito seu governo e hora ou outra ele vai ter que mostrar lealdade para um dos lados.
Isso porque Trump possui pelo menos 111 companhias em 18 países de América do Sul, Ásia e Oriente Médio.
No Brasil, sua companhia tem um hotel inaugura especialmente para as Olimpíadas, e ainda no papel, a construção de cinco torres no Porto Maravilha, ambos no Rio, que passam por investigação federal por suspeita na liberação de recursos do FGTS.
Um dos maiores bancos estatais da China, o Bank of China é credor da Organização Trump, e também deve milhões de dólares ao Deutsche Bank, instituição que negocia o pagamento de multa com o Departamento de Justiça americano por irregularidades no mercado de hipotecas.
Ainda na campanha, Trump assumiu que um grande edifício de sua propriedade em Istambul poderia afetar suas decisões, ao ser questionado se a Turquia seria um país confiável na luta contra o terrorismo.
O mundo aguarda ansioso para ver os resultados da gestão de Trump, que apesar de ser um grande administrador, tende a seguir interesses pessoais e polêmicos, como assumidos em campanha, contra estrangeiros nos Estados Unidos.