Negócios

Comércio eletrônico, o grande vencedor de um 2016 crítico

Qualquer brasileiro, para não falar de qualquer latinoamericano, está acostumado a atravessar as diferentes crises econômicas e políticas que atingem a região. A realidade dos brasileiros não foi muito fácil este ano. Porém, cases como os das startups Nuvem Shop e Bling ou dos empreendedores como Timóteo França, dono da loja Amantes de Churrasco, tornam claro que no setor de e-commerce, os empreendedores têm ainda mais a ganhar.

Com o intuito de fazer um balanço do ano e o que se espera para 2017, representantes do setor se juntaram para analisar o papel do e-commerce e os empreendedores em meio da crise de 2016.

“O que a gente viu é que muitas pessoas que perderam o emprego e que precisaram desenvolver novos negócios, focaram ainda mais no empreendedorismo” assinala Alejandro Vázquez, CCO da Nuvem Shop, uma das maiores plataformas de e-commerce de América Latina.

Vázquez explica os motivos do fenômeno: “O e-commerce é uma boa alternativa por causa das baixas barreiras para começar e baixos custos, o que faz esse caminho mais atraente para quem tem dinheiro poupado e pronto para arriscar um novo caminho”.

Mas não adianta apenas montar a loja. Os empreendedores têm muitos obstáculos pela frente e um deles é atender a gestão administrativa da empresa. Para resolver isso é que foi criado o Bling, um software de gestão empresarial para a micro e pequena empresa. O  sócio e CMO da empresa, Sidney Zynger contou que “ao longo de 2016 houve um crescimento elevado de clientes. Oferecemos a possibilidade aos lojistas de emitir notas fiscais eletrônicas, boletos bancários, controle de estoque, entre outras ferramentas de gestão”.

Sidney acredita na perspectiva de crescimento do mercado virtual para o ano próximo: “Trata-se de um setor ávido por inovação e dinamismo. Nesse sentido, um software ERP como o Bling pode auxiliar os empreendedores a aperfeiçoarem a gestão de suas empresas por meio da redução de custos, da economia de tempo e de soluções integradas que oportunizam negócios em diversos canais”.

Por sua parte, o caso de Timóteo França, dono da loja Amantes do Churrasco, como seu nome indica, uma loja on-line dedicada  à venda de produtos para o churrasco, serve para falar do que foi o ano em curso para os empreendedores.

Encontro na Nuvem Shop teve clima de otimismo. (Divulgação)
Encontro na Nuvem Shop teve clima de otimismo. (Divulgação)

“Este ano eu decidi deixar meu posto na área de TI de uma empresa para me dedicar 100% a minha loja virtual. Foi um risco, claro, mas a forma que você vai encarar a crise, vai dizer se você vai conseguir surfar na onda ou não” disse Timóteo.

Com produtos que vão desde os R$10 até os R$8000, o lojista acrescenta que “este ano, por incrível que pareça, a gente conseguiu vender mais. Talvez a pessoa que gastava suas poupanças numa viagem para a Disney, por causa da crise, decidiu ficar em casa, mas passando seus domingos de uma melhor maneira: fazendo churrasco! Foi assim que a gente direcionou mais o nosso negócio para esse tipo de público. Nós não vendemos churrasqueiras, vendemos alegria”.

“Otimismo” poderia ser a palavra que resume o olhar dos diferentes representantes do setor para 2017. Pelo menos isso foi o que ficou no ar depois  do encontro que reuniu lojistas, empresários e jornalistas no escritório da Nuvem Shop, na capital paulista.

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