Cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, argumentam que a teoria de que o aquecimento global já teria exercido influências sobre as secas pode não estar totalmente correta. O estudo sobre o tema foi publicado na revista científica “Nature”.
Os especialistas acreditam que a metodologia aplicada na criação do “Índice de Severidade de Seca de Palmer” possa ter superestimado o fenômeno climático. Os dados foram usados pela ONU, na criação do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007.
Para chegar aos dados utilizados pelo IPCC, somente o aumento da temperatura foi considerado como uma possível causa para a estiagem. Esta é a principal argumentação dos pesquisadores de Princeton, que alegam ser necessário avaliar outras condições naturais, como a umidade, quantidade de ventos, energia, entre outras coisas.
A seca passa a ser anormal quando contradiz as expectativas climatológicas para o período e região. No entanto, os cientistas explicam que, mesmo que o método utilizado para a conclusão do IPCC não estejam totalmente de acordo com os processos mais eficientes, a estiagem tem se tornado mais comum em diversas áreas do planeta.
Um cenário em que a seca é constante os impactos são diversos. De acordo com o IPCC, a agricultura e pecuária seriam prejudicadas com a degradação do solo, maiores riscos de queimadas, redução nas colheitas e mortalidade de animais. Para os seres humanos, os riscos são de escassez de água e alimentos, desnutrição e doenças ligadas à alimentação. Os recursos hídricos obviamente seriam muito afetados e, até mesmo, a indústria poderia sofrer consequências graves. Com informações do Globo Natureza.
Redação CicloVivo