O vilarejo de Da'an, no sul da China, está sofrendo com a falta de água potável. Recentemente foi detectada uma quantidade excessiva de manganês nas águas da região, que abriga dez mil habitantes.
O manganês é um elemento essencial para a vida. Porém, quando ingerida em excesso, a substância pode representar um risco para o sistema nervoso, causando distúrbios mentais, emocionais ou danificando os movimentos.
O governo municipal de Lufeng, na província de Guangdong, anunciou que o nível de manganês encontrado na água foi de 1,2 miligrama por litro – 12 vezes o limite permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O porta-voz do governo de Lufeng, Huang Xianjia, informou que a causa da contaminação ainda é desconhecida, mas está sendo investigada por especialistas. Enquanto isso, a população foi orientada a não consumir a água contaminada.
A água poluída vem da Companhia de Distribuição de Água de Da'an, um dos dois provedores de água potável na vila. Desde a entrada da empresa, em 1980, esse foi o primeiro acidente ocorrido na região.
Segundo Huang Zhenyu, chefe do governo, a região conta com muitas fontes naturais, e para ele, a questão não é de preocupação imediata.
Mais acidentes, menos água
Por causa dos diversos acidentes ambientais ocorridos na China, o país está tendo dificuldade para abastecer seus moradores, que correspondem a 20% da população mundial. O problema é agravado pelo fato da China possuir apenas 7% dos recursos hídricos disponíveis no planeta.
Além da recente contaminação de magnésio em Da'an, o país sofreu outros grandes acidentes, como: enchentes, proliferação de algas e o vazamento de petróleo em Dalian.
Segundo dados oficiais, 50,3% das águas em território chinês estão impróprias para o consumo humano. O Greenpeace estima que pelo menos cem milhões de chineses – um em cada 14 – utilizam água poluída no dia a dia. A OMS atribui cem mil mortes anuais à contaminação das águas.
Em 2007, o próprio Governo chinês assumiu que lançou 30,3 milhões de toneladas de resíduos nas águas do país, que deixaram 70% dos rios, lagos e reservas "gravemente contaminados".
Com informações do Portal Exame
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