Ao mesmo tempo em que o Brasil se desenvolve, também aumentam os impactos que a produção nacional gera no meio ambiente. A prova disso é o estudo norte-americano publicado na última segunda-feira (13) na revista da Academia Nacional de ciências dos Estados Unidos (PNAS). A publicação coloca o Brasil em 4º lugar entre os países que mais usam água na produção agrícola e de bens de consumo.
Conforme divulgado no estudo, as nações que lideram o ranking de maior uso de recursos hídricos são: China, Índia e Estados Unidos. Somados ao Brasil, estes quatro países gastam o equivalente a 38% de todo o uso de água na produção de bens do mundo.
Outro ponto analisado pelos pesquisadores foi o impacto que a exportação de produtos agrícolas tem na pegada hídrica local e global, o que eles chamaram de exportação hídrica virtual. Assim, foi possível avaliar como a dependência de produtos importados pode impactar outros países, que não o local em que serão consumidos. Nesta categoria, de exportador de água virtual, o Brasil volta a ocupar a quarta posição, atrás das mesmas três potências econômicas.
Somente quando o cálculo referiu-se ao consumo de água per capita, é que o Brasil caiu de posição. Em relação à pegada hídrica individual, os brasileiros ocupam hoje a 21ª posição, com gasto médio diário de 5,5 mil litros por dia. O número ainda é acima da média internacional, de 3,8 mil litros, mas está aquém dos gastos efetuados pelos norte-americanos, de 7,8 mil litros diários.
É preciso lembrar que a pegada não é calculada apenas pela água que é possível enxergar e que é usada para o consumo, higiene e limpeza. O montante inclui os gastos necessários para a produção dos alimentos e dos bens de consumo, dessa forma, quanto mais exagerado for o consumo, maior também serão os gastos com “água virtual”. A carne é o principal motivo de gastos, seguida dos cereais e leite. Com informações do Globo Natureza.
Redação CicloVivo