Em um post em seu blog, Bill Gates revelou os cinco livros que mais gostou de ler em 2016.
Ele iniciou seu post contando que nunca se sentiu tão motivado a aprender como hoje. Lembrou que em sua infância, tinha poucas opções para aprender sozinho, e que leu uma coleção inteira de enciclopédias da família. “Não havia cursos on-line, palestras de vídeo ou podcasts para me apresentar a novas idéias e pensadores como temos hoje”, ressaltou.
Mesmo com esses recursos atualmente, Gates afirmou que livros ainda são sua maneira favorita de aprender, revelando que lê um livro por semana, desde muito jovem.
Ele então listou os cinco livros que mais gostou de ler, que vão do tênis à liderança, confira:
String Theory, de David Foster Wallace (teoria das cordas)
Ainda não lançado no Brasil, o livro reúne cinco ensaios do famoso romancista norte-americano David Foster Wallace sobre o tênis. O autor morreu em 2008, e se trata de uma publicação póstuma. “Wallace usou a caneta de forma tão habilidosa quanto Roger Federer usa uma raquete de tênis”, disse Gates. O esporte é uma das paixões do fundador da Microsoft, porém ele disse que não é preciso saber do esporte para ler o livro.
A marca da vitória, por Phil Knight
Este livro de memórias, escrito pelo co-fundador da Nike, é um lembrete de que o caminho para o sucesso do negócio realmente é precário e cheio de erros. “Aqui Knight se abre de uma maneira que poucos CEOs estão dispostos a fazer. Eu não acho que Knight se propõe a ensinar nada ao leitor. Em vez disso, ele realiza algo melhor. Ele conta sua história o mais honestamente possível. É um conto incrível”, disse Gates.
O Gene – Uma história íntima, por Siddhartha Mukherjee
Escrito pelo oncologista vencedor do Prêmio Pulitzer em 2011 com a obra “O imperador de todos os males”, sobre o câncer, “O gene” explica como os fatores genéticos influem na vida de uma pessoa, desde a personalidade até em sua trajetória. “Mukherjee nos guia pelo passado, presente e futuro da ciência do genoma, com um foco especial nas enormes questões éticas que as mais recentes e maiores tecnologias desse campo provocam”, descreveu Bill Gates.
The myth of the strong leader, de Archie Brown (O mito do líder forte)
Lançado em 2014, Bill conta ter decidido lê-lo em 2016 por causa das eleições presidenciais. Na obra, o aclamado professor Archie Brow, da Oxford University, desmistifica a ideia de que os líderes fortes, que dominam as pessoas e instituições, são aqueles que mais contribuem para a humanidade, ou os mais admiráveis. “Pelo contrário, eles tendem a ser os que colaboram, delegam e negociam – e que reconhecem que nenhuma pessoa tem ou poderia ter todas as respostas”, conta o fundador da Microsoft.
The Grid, de Gretchen Bakke (A rede)
Publicado em julho, o livro ainda não foi lançado no Brasil. Gates deu ao título uma menção honrosa e o enquadrou na categoria “Livros sobre coisas mundanas que na verdade são fascinantes”, seu gênero preferido de leitura. A obra fala sobre como a rede de eletricidade dos Estados Unidos, um legado do século XX, é hoje obsoleta e precisa de reparos e mudanças profundas para abrir caminho para o uso de outras fontes de energia, como a solar ou a eólica. O empresário contou que, ainda no Ensino Médio, desenvolvia software para uma distribuidora de energia, por isso se interessou pelo título. “Mas mesmo se você nunca parou para pensar em como a eletricidade chega até as lojas, eu acho que esse livro te convenceria de que a rede elétrica é uma das maiores engenharias do mundo moderno. Acho também que você enxergaria que modernizar a rede é muito complexo e crítico para construir nosso futuro de energia limpa”.