Você curte animações japonesas, mas não sabe quais de 2015 valem à pena assistir? Aqui vai um guia com animações – no mínimo interessantes – para você dar uma conferida.
TÍTULO: O CONTO DA PRINCESA KAGUYA GÊNERO: FANTASIA/DRAMA
O conto da Princesa Kaguya (Kaguya-hime no Monogatari) é um longa-metragem produzido pelo Estúdio Ghibli (A viagem de Chihiro, meu vizinho Totoro) e escrito por Isao Takahara. O filme é baseado em um conto do folclore japonês chamado “O conto do cortador de bambu”. O conto da Princesa Kaguya foi lançado em 2013 no Japão e em 2015 no Brasil.
Okina, um velho cortador de bambu, em um certo dia enquanto cumpria com sua rotina, encontra um minúsculo bebê que surge de um broto de bambu. Ele leva tal bebê para casa e, junto de sua esposa, decidem criá-la como sua própria filha. Kaguya cresce rápido, se tornando uma bela jovem. Seus pais decidem levá-la para a capital, deixando tudo para trás, onde a tornariam uma verdadeira princesa. Lá, ela irá encantar os maiores nobres do país, até mesmo o imperador. Mas, todos eles terão que lidar com o pesado destino de suas escolhas.
O conto da princesa Kaguya é um filme que nos leva a refletir sobre o que consideramos mais importante em nossas vidas. Será que o sucesso pessoal, uma vida cheia de prazeres materiais é mais valiosa do que os laços que nós fazemos ao decorrer do longo caminho da vida? Essa animação também é um deleite para os admiradores da cultura japonesa.
TÍTULO: MY TEEN ROMANTIC COMEDY SNAFU GÊNERO: COMÉDIA/DRAMA
“Dizem que se mudar a si mesmo, poderá mudar o mundo. Mas isso não passa de uma mentira. Quando as pessoas julgam alguém, isso se torna um rótulo latente de impressão. Alguém solitário é forçado a permanecer assim. Se você der seu melhor e se levantar, será derrubado mais uma vez apenas pelas críticas daqueles que pregam as regras no mundo das crianças.”
My Teen Romantic Comedy SNAFU (Yahari Ore No Seishun Love Come Wa Machigatteiru) é baseado em uma série de light novels escritas por Wataru Watari e ilustradas por . A primeira temporada foi ao ar em 2013, divulgada pelo estúdio Brain’s Base. A segunda, em 2015 pela empresa Feel.
Nesse anime, vemos a história na perspectiva de Hikigaya, um jovem antissocial que tem uma visão distorcida do mundo. Ele não possui amigos, pois acredita que seus colegas de classe são todos mentirosos. Visto isso, sua professora o força a entrar para o “clube dos voluntários” – um clube que se empenha em ajudar os estudantes com problemas – que tem como integrante, Yukino Yukinoshita, a garota mais bonita da escola.
Com base nessa premissa, parece apenas mais uma comédia romântica medíocre. Mas, você não verá nada disso. A maior parte do tempo esse anime te passa uma sensação de desconforto. Essa obra pega seus personagens pré-caracterizados – o antissocial, a garota “fofa”, a garota “perfeita”, o cool guy, entre outros – e os desconstrói por completo, nos mostrando que todos têm problemas, dificuldades; “demônios” que vivem em seu interior, independente do que seu exterior possa aparentar.
A segunda temporada se aprofunda no relacionamento dos três protagonistas, nos deixando questões como: “o que significa amizade?” ou “É possível duas pessoas criarem laços realmente sinceros?” Se você gosta de animes como Welcome To NHK! (NHK ni Youkoso!), você pode se interessar por My Teen Romantic Comedy SNAFU.
TÍTULO: DANNA GA NANI WO ITTEIRU KA WAKANARAI KEN GÊNERO: COMÉDIA
Danna ga Nani o Itteiru ka Wakaranai Ken (I Can’t Understand What My Husband Is Saying) é baseado em um mangá Yonkoma – mangá de 4 células, ou somente 4-koma; ele é feito no formato de uma tirinha, possuindo apenas quatro quadros de tamanhos iguais – criado por Cool-kyō Shinja. Sua primeira temporada foi ao ar em 2014 e a segunda em 2015, distribuído pelo estúdio Seven. Esse é um anime curto, tendo cada episódio cerca de 3 minutos. Ele segue um estilo tradicional de comédia japonesa chamado Manzai, um tipo de stand-up feito por duas pessoas.
Nesse anime acompanhamos Kaoru, uma mulher que tenta encontrar alguma forma de entender seu marido otaku, mergulhando no extravagante universo dele.
É interessante observar nessa animação o conflito consequente do choque de culturas: uma mulher que segue uma vida rotineira padrão e um homem imerso na cultura otaku. Danna ga Nani o Itteiru ka Wakaranai Ken É uma ótima escolha se o que você deseja é ter uns bons minutos de diversão.
TÍTULO: CHARLOTTE GÊNERO: COMÉDIA/DRAMA
Charlotte é uma animação original, produzida pelo estúdio P. A. Works e escrita por Jun Maeda (cofundador da desenvolvedora Key, autor de obras como Angel beats e Clannad).
Ao atingir a puberdade, alguns jovens manifestam habilidades especiais. Yuu Otosaka é um garoto que pode possuir qualquer pessoa por alguns segundos. Ele usa seu dom para manipular as pessoas ao seu redor e de alguma forma se beneficiar. Um dia, ele conhece uma garota – Nao Tomori – que o força a se transferir para outra escola. Nessa escola, eles vão à procura de pessoas com poderes para prevenir que elas se tornem cobaias em experimentos científicos brutais. Por causa dessa mudança, o futuro de todos os usuários de habilidades especiais irá ser alterado drasticamente.
Se você não conhece o nome “Jun Maeda” ou “Key”, saiba que estará prestes a entrar em uma montanha-russa de emoções. Como podemos ver em outros de seus trabalhos (como Angel Beats ou Clannad, que foram citados acima) essa é sua especialidade. Suas histórias normalmente começam com uma alegre atmosfera e uma sutil impressão de que algo está errado; levando-nos até um final – na maioria das vezes – arrebatador. Porém, Charlotte tem um grande problema impossível de não se levar em consideração: um final relativamente frustrante.
O final não é ruim, o grande problema é seu ritmo exagerado. Se tivesse encerrado no episódio 12 e dividido o último episódio em uma temporada completa seria perfeito. Mas, ainda assim é um ótima produção. Se você gosta de animes como Angel Beats ou Little Busters, Charlotte é uma excelente escolha.
TÍTULO: OVERLORD GÊNERO: FANTASIA/AÇÃO
Overlord é baseado em uma série de light novels escritas por Kugane Maruyama e ilustradas por so-bin. O anime foi produzido pelo estúdio Madhouse (Monster, Deathnote, entre outros).
No ano de 2126, um jogo chamado Yggdrasil foi criado. Ele era um mmorpg de realidade virtual que permitia ao jogador imergir completamente naquele universo. Doze anos mais tarde, o servidor está para ser fechado. Um homem, que se denominava “Momonga“, decide ficar até o final para apreciar um último momento naquele mundo. Entretanto, quando chega a determinada hora, ele percebe que não pode mais deslogar e os npc’s ganharam “vida”, demonstrando sinais de ter personalidades e emoções genuinamente humanas. Preso e sozinho naquela realidade, ele decide dominar o mundo.
Esqueça Sword Art Online ou Log Horizon, esse “anime-jogo” é bem diferente. Aqui acompanhamos um protagonista que beira a vilania. Manipular pessoas, massacrar exércitos ou salvar um vilarejo em perigo, Momonga vai fazer qualquer coisa para completar seu objetivo. É verdadeiramente interessante ver uma história contada por um ponto de vista tão inusitado e “inumano”: o de um Lich. Se você gosta de obras como Sword Art Online, Accel World, Log Horizon, .hack//SIGN, esse anime é indispensável.
[CONTINUA EM BREVE NA PARTE 2]
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