As tartarugas marinhas gigantes que habitam as águas do Oceano Pacífico estão ameaçadas pelas mudanças climáticas. Esta é a conclusão apresentada por cientistas norte-americanos em um estudo publicado na revista científica “Nature Climate Change”.
As análises apontam para uma perda de 75% na população de tartarugas até 2100. Segundo os pesquisadores das universidades de Princeton e Drexel, o aumento nas temperaturas é a principal causa para esta imensa redução. Isto acontece porque os ovos e os filhotes da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) ficam muito mais vulneráveis e acabam não suportando o calor. Outro fator que preocupa os especialistas é a captura dos animais em redes de pesca.
Os machos da espécie acabam adentrando ao oceano nos períodos mais frios e esta mudança se reflete na redução das relações sexuais e procriação das tartarugas. Além disso, a temperatura também influencia a incidência de águas-vivas, que servem como alimento para as tartarugas fêmeas que vão às praias para a desova e são mais abundantes durante os períodos frios.
O grande problema apontado pelos pesquisadores é que as temporadas frias devem ser cada vez mais escassas, sendo substituídas por períodos quentes e secos durante todo o século.
A espécie já sofreu grandes perdas. O professor James Spotila, da Universidade de Drexel, explica que em pouco mais de 20 anos a Costa Rica deixou de ter 1.500 tartarugas para registrar apenas 40 fêmeas. Com informações do G1.
Redação CicloVivo