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AMUS, um centro de resgate para animais em perigo

Em 2017, esta ONG resgatou cerca de 1,4 mil animais selvagens e devolveu a liberdade a cerca de mil deles. Contudo, o apoio limitado do governo regional pode levar essa importante instituição à falência. Conheça a AMUS!

Na Espanha, há vários centros de recuperação, tanto públicos como privados, que resgatam a fauna selvagem.

No entanto, poucos deles são tão conhecidos como a AMUS (Ação pelo Mundo Selvagem). Mas essa ONG, fundada em 1995, encontra-se em perigo.

A atividade de um centro de resgate como a AMUS

A AMUS realiza sua atividade de resgate de animais selvagens através de um hospital veterinário no qual trabalham dezenas de profissionais.

Lá, eles tentam salvar qualquer animal selvagem ferido que chegue ao centro, situado em Villafranca de los Barros, um pequeno povoado.

Quando se recuperam, graças às instalações do hospital e à sabedoria da equipe, os animais são devolvidos ao seu habitat natural.

É aí quando muitas crianças e jovens se juntam para assistir à sua libertação, enquanto que alguns políticos aproveitam para se promover e tirar fotos.

AMUS, vital para a natureza da Península Ibérica

Esse centro tem servido como local de visitas escolares, em Estremadura, com o objetivo de educar as novas gerações.

Além disso, eles sempre procuram conscientizar a população sobre a proteção da natureza. Dessa forma, sua falência seria ainda mais desastrosa para a região.

O treinamento de milhares de veterinários e outros profissionais e cientistas não seria possível sem a AMUS.

Esse centro é um lugar onde profissionais de toda Europa podem aprender sobre reabilitação e conservação das aves mais ameaçadas do continente.

Ave sendo liberada na natureza

Os profissionais da AMUS levaram duas décadas trabalhando para que a natureza da Estremadura se mantivesse.

Hoje, o ecoturismo e a observação de pássaros são muito importantes para a economia dessa região graças ao AMUS, apesar de muitos duvidarem.

Um centro de resgate com projetos de conservação

Entretanto, o centro de resgate de Estremadura não se conformou com apenas resgatar animais feridos.

Em seus 23 anos de história, a AMUS iniciou numerosos projetos de conservação de espécies em perigo de extinção.

Muitos desses projetos de conservação estão relacionados com as aves necrófagas e de rapina, como diversas espécies de abutre na Espanha. Elas estão sendo preservadas através do monitoramento por GPS, campanhas contra o envenenamento e o fornecimento de carniça.

Abutre comendo carniça

Outro exemplo da tarefa incansável da AMUS e de outros centros de resgate são as campanhas para proteger as postas das águias pálidas e ruivas.

Essas aves colocam seus ovos nos campos de cereais, o que as deixa em perigo, por conta da agricultura.

Esse centro de resgate também tem conseguido colocar GPS em numerosas espécies ameaçadas, como a águia real.

Além disso, eles têm vários exemplares irrecuperáveis de espécies ameaçadas. Isso permite que mantenham a reprodução das espécies para depois libertá-las.

AMUS está ficando sem financiamento

Meses atrás, a ONG advertiu o governo da Estremadura sobre sua atual situação.

O centro de preservação precisa de 150 mil euros anuais, mas o governo tem disponibilizado apenas 10% dessa cifra, segundo revela a administração da AMUS.

Embora o centro seja privado, não se esqueça de que os animais selvagens são geralmente propriedade de governos para sua proteção. Entretanto, quando é hora de resgatar esses animais, parece que é preferível que as doações feitas pela sociedade cubram essas despesas.

Em 2017, a AMUS resgatou quase 1,4 mil animais silvestres, dos quais quase mil puderam retornaram à natureza. Uma porcentagem muito boa para qualquer centro de recuperação.

Como ajudar um centro de resgate?

Há muitas maneiras de colaborar com a AMUS e outras ONGs que protegem os animais.

A campanha #SalvemosAMUS foi lançada nas redes sociais para lembrar ao governo da Estremadura a importância da entidade.

Normalmente, esses centros de resgate trabalham com patrocínios, doações e voluntários. Se você alguma vez já quis ajudar a proteger os animais, talvez essa seja uma boa oportunidade.

Você pode descobrir mais sobre como colaborar no site da instituição.


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