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DJI Mini 2: O pequeno e poderoso drone que filma em 4K

Foto: Felipe Victor

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A DJI não esperou muito para evoluir o Mavic Mini. Lançou de cara o DJI Mini 2 no final de 2020 e trouxe algumas melhorias que talvez não eram esperadas, mas importantes para quem define um drone como um instrumento de trabalho e não somente como um hobby. Nós testamos o DJI Mini 2 e vamos levantar as considerações sobre o drone e a comparação com o DJI Mavic Mini, que também foi testado por nós.

Em primeiro plano, vale considerar que esse artigo não é patrocinado. Ele reflete a opinião do autor (no caso eu) em relação ao produto. Mas vamos lá!

O DJI Mini 2, pelo menos em relação ao design, não tem quase nada de diferente do seu antecessor, mas isso não significa que melhorias visuais não tenham ocorrido, muito pelo contrário. Agora, o Mini 2 conta com uma barra de led frontal e intuitiva, onde é possível personalizar uma das cores disponíveis e voar com sua cor favorita.

Bom, não é algo muito produtivo para se pensar em segurança de voo, como no DJI Mavic Air e Mavic Pro, em que há sinalizações de led mais robustas. Porém, é definitivamente uma melhoria que veio para agradar, uma vez que o DJI Mavic Mini conta apenas com um led traseiro e na parte inferior do drone.

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Imagem: Felipe Victor, redação TecStudio.

Segurança de voo

O DJI Mini 2, assim como o DJI Mavic Mini, certamente não é a melhor escolha no portifólio da DJI para questões relacionadas à segurança de voo. Ele conta com o sistema inteligente que mapeia os pontos de risco e impede que o usuário não autorizado chegue próximo ao fluxo de aeronaves, por exemplo, mas isso não define o que realmente importa para o público que provavelmente vai comprar o DJI Mini 2.

Isso por que o Mini 2 não tem os sensores que mapeiam objetos laterais, frontais e traseiros, como em outras linhas da DJI. Ele conta apenas com um sensor inferior contra objetos e uma câmera para auxiliar no pouso. Certamente, isso vai tornar o pouso prático e evitar colisão no procedimento de descida.

No entanto, acreditamos que caberia o esforço da DJI em assumir pelo menos um sensor lateral e até traseiro. Obviamente, isso poderia tornar inviável um dos pontos mais importantes do drone, que é o assunto do próximo tópico.

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Foto: Felipe Victor, redação TecStudio.

<249g Ultra-light

Uma das características do DJI Mini 2, que não mudou desde o Mavic Mini, é o fato dele pesar menos do que 249 gramas. E claro, isso foi pensado exatamente por que a legislação de muitos países consideram que um drone abaixo de 250 gramas, não precisa de tantas regras para voo, uma vez que é considerado um “brinquedo”.

Mas todo mundo sabe, assim como a ANAC, que o DJI Mini 2 não é um brinquedo. É exatamente por isso que essa regra por aqui não valeu tanto assim para o Mini 1. Afinal, para a ANAC, o peso máximo de decolagem não pode ser superior à 250 gramas, para que ele se enquadre como um drone livre de algumas legislações.

Entretanto, o peso de decolagem do Mini 1 é considerado maior do que 250 gramas, simplesmente por que ele acompanhava em seu kit Fly More, o protetor de hélices, que incrementa mais peso ao drone e ultrapassa o mínimo para que ele se enquadre como um brinquedo.

Porém, como afirmamos, o Mini 2 não é um brinquedo. No entanto, ele não tem mais protetor de hélices incluso no kit Fly More e é considerado abaixo de 250 gramas em seu peso máximo de decolagem. Logo, a boa notícia é que você não vai precisar registrá-lo obrigatoriamente.

No entanto, fica ligado! Reafirmamos pela terceira vez; o Mini 2 não é um brinquedo. E sim, isso está escrito no manual dele. Por isso, sugerimos que você registre o seu drone.

Câmera 4K e 60fps no 2.7K

Não há dúvidas que uma das melhorias do Dji Mini 2 é a câmera. No Mavic Mini, notamos granulações exageradas, algo que não foi percebido no Mini 2. É prontamente uma melhoria muito significativa.

A outra, porém, é em relação à resolução, mas que pode ter contribuido para a melhoria das granulações, que é o fato do Dji Mini 2 ter suporte ao 4K, a resolução Ultra HD.

O DJI Mini 2 foi lançado também com suporte para a resolução 2.7K em 30fps, que é, inclusive, a resolução máxima do Dji Mavic Mini e posteriorimente, foi atualizado para suportar 2.7K em até 60fps. E vai um aplauso para a DJI por oferecer suporte ao produto com recursos que nem foram anunciados para ele, mas que fazem uma diferença e tanto para quem vai utilizar esse drone para filmagens que requerem mais frames.

Há também a opção de gravar em 1080p até 60fps.

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Imagem: Felipe Victor, redação TecStudio.

Para fotos, o DJI Mini 2 entrega capturas em até 12 MP em um sensor CMOS de 1/2,3 pol. Não é algo comparável em termos técnicos com o DJI Mavic Air 2 que tem um sensor de 48MP, mas de modo prático, as fotos não ficam atrás deste modelo em muitas ocasiões.

Filmagem em 4K, 24fps com o DJI Mini 2. Autoria: Felipe Victor

Controle e distância

Se há uma razão absurda (sim, absurda) que vale considerar a troca do DJI Mavic Mini por um DJI Mini 2 é o controle. A tecnologia OcuSync 2.0 esquece o Wi-fi e trás o melhor do rádio para o Mini 2, o que resulta em maiores distâncias percorridas e mais estabilidade de sinal.

E isso extremamente notável. No Mavic Mini 1, percebíamos perdas de sinal a partir de 200 metros de distância, até mesmo em campo aberto. No Mini 2, com quase 3KM ainda não notamos nenhuma perda de sinal em campo aberto. E isso é fundamental para quem precisa ir mais longe.

No caso do Mini 2, essa distância pode chegar em até 10KM de transmissão HD. Mas calme, não quer dizer que você pode ir voando por 10KM por aí. Afinal…

Bateria

Sim, afinal, a bateria dele não é o que diríamos que suficiente para retornar após 10KM. E isso nem significa que ela seja ruim, muito pelo contrário. Para drones da faixa, é excelente os 31 minutos que a bateria de voo inteligente do DJI Mini 2 oferece em desempenho.

Porém, é óbvio que ela não chega aos 31 minutos, afinal, esse tempo só é alcançado em condições perfeitas. Em nossos voos, conseguimos algo como 22 ~ 24 minutos, até mesmo em ventos fortes.

Adeus aos alertas de vento forte

Uma situação constante no Mavic Mini são os alertas de vento forte. Ele realmente não suporta tanto a ação dos ventos. Já o DJI Mini 2 é o inverso do seu antecessor. É notório a melhoria que a DJI fez nos motores do Mini 2, que agora tem a mesma certificação de resistência 5 aos ventos, como o Dji Mavic Air 2, que é um drone mais parrudo e profissional.

Isso significou, pelo menos para nós, um total de 0 alertas de ventos fortes, mesmo com ventos fortes e também nenhuma interferência nas filmagens. O que para nós, já é um ponto mais do que suficiente para valer a troca por um Mini 2, saindo do Mavic Mini 1.

Considerações finais e preço

Se você gosta de drones e está em dúvida entre o Dji Mini 2 e o Mavic Mini, vá de Mini 2. As poucas alterações para o modelo são sim muito reconhecíveis na prática quando você já teve experiência com o Mini 1.

Com uma câmera 4K e recursos como o Panorama e foto ângular, você vai ter um excelente drone para abusar de lindas fotografias nas redes sociais.

Se a sua intenção é para o uso profissional, vale ressaltar que o DJI Mavic Air 2 pode custar um pouco mais no Brasil e entregar além com recursos de fotografia e filmagem mais robustos. No entanto, isso não significa que o Mini 2 não dê conta do recado, muito pelo contrário.

Ele surpreende e entrega qualidade no material gerado, o que é suficiente para quem quer realizar filmagens sutis e atender à demanda de setores de construção cívil e até mapeamento visual.

Mas se você é um usuário comum que quer um drone para sua rotina, como é o que a DJI pretende com o público do Mini 2, tome cuidado ao realizar o investimento no Mini 2. Em outros países, ele até vale para algo rotineiro e como hobby, mas no Brasil, ele é vendido por valores que variam entre R$ 5 mil e até R$ 8 mil se considerar o combo Fly More.

Nós até arriscaríamos dizer que, se ele houvesse sensores laterais, frontais e traseiros, além de um corpo metálico, ele valeria compreendentemente o preço praticado. Fora isso, ele é mais um produto super faturado no Brasil com a alta do dólar e a falta de produção nacional em território brasileiro.

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Créditos TecStudio