O cão faz parte de nossas vidas, seja como bicho de estimação, como guardião ou como cão de trabalho desde tempos remotos. Conhecer mais sobre eles, sua personalidade e, principalmente, sobre o papel que desempenham na natureza, nos ajuda a compreendê-los melhor e a ter uma convivência mais saudável com eles. Quer saber mais sobre a taxonomia do cão? Então continue a leitura.
O que é a taxonomia
A taxonomia pode ser resumida como a “ciência da classificação”. É ela que se encarrega de classificar por grupos os diferentes organismos em famílias, ramos e grupos de raças. Eles são distribuídos em sete categorias: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. A partir desses grupos principais, podem surgir outras divisões, como subfilo, subclasse ou infraclasse.
Esta ciência abrange um campo extremamente amplo. Sendo assim, é difícil determinar a categoria de uma espécie. É possível que existam muitos organismos diferentes pertencentes ao mesmo reino, mas não ao mesmo filo, pois é preciso levar em consideração fatores como características e desenvolvimento de casa ser vivo.
O que entendemos como espécie nada mais é do que um grupo de organismos que, embora sejam geneticamente diferentes, acabaram se reproduzindo para dar origem a uma família, possivelmente nova.
A taxonomia também é encarregada de discutir os Códigos Internacionais de Nomenclatura, sejam eles da zoologia, da botânica ou das bactérias. Estes códigos são responsáveis por definir o sistema taxonômico e formar os nomes e o tipo herdado pela espécie, de táxon em táxon. O que é decidido através desse sistema se transforma em regra, garantindo a estabilidade da nomenclatura em todo o mundo.
Qual é a taxonomia do cão
Bem, todos os seres vivos possuem sua própria taxonomia e a seguir está a que nos interessa, a taxonomia do cão:
- Domínio – Eukariota (Eukaryota). Organismos celulares com núcleos verdadeiros.
- Reino – Animália. Capacidade de locomoção, consomem oxigênio, nutrição por ingestão, reprodução sexual e desenvolvimento embrionário.
- Sub-reino – Eumetazoa. Apresentam tecidos, órgãos, massa corporal etc. Por exemplo, músculos, tendões e nervos.
- Filo – Cordata. Existência de espinha dorsal.
- Subfilo – Vertebrata. Animais com coluna vertebral.
- Classe – Mammalia. Mamíferos que se destacam por apresentar glândulas mamárias, pelos e mandíbula.
- Subclasse – Theria. O embrião se forma no útero materno.
- Infraclasse – Placentália. As crias permanecem no útero materno por um longo período de tempo.
- Ordem – Carnívora. Os molares estão adaptados para o consumo de carne.
- Subordem – Caniformia. Neste grupo estão incluídos mamíferos com forma de cão.
- Família – Canidae. Canídeos, como lobos, coiotes, raposas, chacais e outras espécies afins.
- Subfamília – Caninae. Única subfamília com espécies sobreviventes.
- Gênero – Canis. Inclui lobos, chacais e coiotes.
- Espécie – Canis lupus. Lobos e cães.
- Subespécie – Canis lupus familiaris. Carlos Linneo, 1758.
Cabe destacar que tanto a taxonomia do cão como a do lobo são praticamente idênticas. Isso demonstra, mais uma vez, que é correto dizer que os cães descendem dos lobos, já que não apresentam diferenças de origem e características.
De onde surgiu essa ciência
A ciência da taxonomia é atribuída a Carlos Linneo, nascido na Suécia. Seus estudos foram realizados na cidade de Upsala. Pouco depois de concluí-los, começou a dar palestras sobre botânica, mostrando que já era apaixonado por esse ramo do conhecimento.
Logo em seguida, começou a empreender várias expedições com o objetivo de classificar plantas, animais e minerais. Publicou diversos livros explicando de maneira detalhada o tema. Embora em um primeiro momento Linneo tenha optado por classificar as espécies de acordo com o sistema reprodutivo, ele logo percebeu que seria um método muito geral e pouco específico para fazê-lo.
Assim, criou um sistema de nomenclatura binominal. Esse sistema primeiro classificava a espécie por gênero e, em seguida, pelo nome. Logo ele as agrupou em famílias, as famílias em classes e as classes em reinos. As subdivisões foram criadas depois. Uma tarefa incrível! Não é à toa que a ele foram dedicadas muitas mensagens especiais, como a do escritor alemão Goethe: “Com exceção de Shakespeare e Spinoza, não conheço ninguém, entre os que não vivem mais, que me influenciaram mais intensamente”.
Graças a esse grande homem, hoje em dia temos à disposição a taxonomia de qualquer ser vivo que exista no planeta, incluindo nossos animais de estimação.
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