Pesquisadores da Universidade de Wyoming (EUA) planejaram uma plataforma de inteligência artificial capaz de identificar, contar e descrever animais selvagens. Ainda está em fase de testes, mas já promete ser uma ótima ferramenta para conservação das espécies.
O mecanismo espelha como o cérebro humano enxerga e entende o mundo e os testes se baseiam na análise de imagens coletadas por câmeras de sensores de movimento – que seriam rapidamente interpretadas por redes neurais profundas.
Apesar da tecnologia requerer uma quantidade considerável de dados de treinamento para funcionar de forma eficaz, os cientistas já constataram uma exatidão de 99,3% na identificação dos animais, ainda na fase de testes.
Quando a inteligência artificial foi comparada ao funcionamento da mente humana (como parte de um projeto de ciência da cidadania, utilizando imagens obtidas do Snapshot Serengeti, na Tanzânia), a tecnologia se mostrou mais precisa que os nossos neurônios.
As câmeras coletaram milhões de imagens de animais em seu habitat natural, incluindo leões, leopardos, chitas e elefantes, que foram rotuladas por 50.000 voluntários humanos ao longo de vários anos.
A inteligência artificial, por sua vez, foi capaz de rastrear 3,2 milhões de imagens em questão de semanas e determinar qual das 48 espécies diferentes de animais estava presente em uma determinada reprodução. Além disso, ela também pode informar a quantidade de cada animal, a atividade sendo realizada – como comer, dormir, andar etc.
O pesquisador-chefe do projeto, Jeff Clune, disse em entrevista ao portal Digital Journal que “esta tecnologia nos permite coletar, de maneira discreta e barata, os dados da vida selvagem, o que poderia ajudar a catalisar a transformação de muitos campos da ecologia, biologia da vida selvagem, zoologia, biologia da conservação e comportamento animal”.
Em sua opinião, se bem sucedida essa ferramenta aumentará a capacidade de não apenas estudar, mas principalmente de conservar a vida selvagem e ecossistemas preciosos do nosso planeta.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Proceedings of National Academy of Sciences, sob o título “Identificando, contando e descrevendo automaticamente animais silvestres em imagens de armadilhas fotográficas com aprendizado profundo”.
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