O Sítio Pau d’Água, vizinho à Ecovila Clareando, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, desenvolve trabalhos de permacultura, agroecologia e bioconstrução. São 3 alqueires onde existem duas nascentes preservadas e mais de três mil árvores reflorestadas nos últimos dois anos. No feriado, de 7 a 9 de setembro, o Sítio vai abrigar a Oficina Vivendo A Roça, uma imersão em diversas vivências.
Os participantes vão aprender técnicas sustentáveis de plantio (horta orgânica, agricultura natural, bombas de sementes), manejar ferramentas, montar Sistema Agroflorestal (Saf), identificar, coletar e cozinhar Pancs (Plantas Alimentícias Não-Convencionais) e reconhecer alimentos funcionais (comida de verdade que faz bem à saúde). Não é preciso ter prévio conhecimento no assunto e crianças são bem-vindas.
O valor da experiência, de quinta a sábado, que inclui hospedagem em alojamento e alimentação vegetariana, custa R$ 550. Para quem quiser estender a hospedagem até domingo, 10 de setembro, ainda haverá uma palestra do movimento Slow Food e um almoço em que o prato principal é a tradicional Piracaia (peixe assado em folha de bananeira), receita indígena que deu origem ao nome da cidade. O evento extra do dia 10 custa R$ 70, incluso hospedagem e almoço. As inscrições podem ser feitas no email: [email protected] Informações pelo WhatsApp (11)97130-3335.
O objetivo desta vivência é apresentar as múltiplas formas de produção familiar de alimentos, privilegiando a questão da segurança alimentar e da preservação ambiental. “Ninguém é livre, muito menos saudável, se depender apenas dos produtos industrializados”, afirma o proprietário do Sítio, Edilson Cazeloto, ex-professor de pós-graduação que largou a carreira acadêmica para morar na roça, de maneira mais sustentável possível.
O contato com a natureza e a convivência com pessoas que buscam uma vida comunitária, com propósitos mais sustentáveis, também acabam atraindo os participantes. Importante: cada um realiza as atividades no seu tempo e ritmo. Quem quiser mergulhar nas práticas, vai ter um universo a desvendar. Mas aqueles que querem apenas conhecer uma nova maneira de fazer as coisas, aproveitar para descansar no feriado, vai ganhar uma experiência lúdica.
Vivências
Os participantes vão aprender dois tipos de canteiros: o convencional e o suspenso para cultivar alimentos orgânicos. Uma das diferenças é que o suspenso utiliza palha sobre o solo para criar um novo ecossistema, reduzindo uso de água na irrigação. Estão previstos o plantio de mudas de hortaliças, mandioca e banana. Outro método são as bombas de sementes, que são envolvidas em argilas com estrume, e jogadas diretamente no solo, desenvolvido pelo agricultor japonês Masanabu Fukuoka.
Além da agricultura natural, outra forma de conseguir alimento é colher o que brota espontaneamente, as chamadas Pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), como assa peixe, nabo forrageiro, capuchinha. “Quem não conhece trata como erva daninha, mas são alimentos altamente nutritivos”, afirma a nutricionista Marina Camargo, que vai ministrar a Oficina de Pancs e alimentos funcionais.
Outra vivência é a montagem de um Sistema Agroflorestal (Saf) linear, que integra o cultivo de alimentos aliado ao reflorestamento, que ganhou notoriedade com o agricultor e pesquisador Ernst Götsch.
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