A primeira coisa que salta à vista quando se pega no Mate 9 é o tamanho. Este smartphone é realmente enorme! O Huawei Mate 9 tem um ecrã LCD de tecnologia IPS com 5,9 polegadas e uma resolução 1080 x 1920. Em modelos recentes, estas dimensões de ecrã só são ultrapassadas pelas do Mi Mix da Xiaomi, desenhado pelo conhecido designer Philippe Starck, que tem um ecrã de 6,4 polegadas (1080 x 2040).
Voltando ao Mate 9, este terminal tem um SoC Hisilicon Kirin 960, fabricado pela própria Huawei, que inclui quatro núcleos Cortex A73 a 2,4 Ghz, mais quatro núcleos Cortex A53 que podem chegar aos 1,8 GHz. No SoC estão ainda 4 GB de memória RAM.
O armazenamento é de 64 GB e não há outra alternativa com menos. Estes 64 GB podem ser ampliados através de um cartão de memória microSD, mas para tal, tem de prescindir de usar o segundo cartão SIM, o que é um péssimo hábito que os fabricantes de smartphones dual SIM ganharam.
Bateria para dois dias?
A câmara foi desenvolvida em conjunto com a Leica e usa o mesmo sistema que o P9: dois sensores, um com 20 MP (a preto e branco) e um com 12 (a cores), que funcionam em simultâneo cada vez que tira uma foto. As duas imagens são depois combinadas numa única. A novidade nesta câmara está no facto de possuir um sistema de diminuição de vibrações mecânico. A bateria é de 4000 mAh, o que, segundo a Huawei permite usar o Mate 9 durante dois dias.
A ligação USB é Type-C e a Huawei inclui na caixa um adaptador de microUSB para USB Type-C para que permite a utilização de um cabo microUSB normal para carregar o Mate 9.
Outras funcionalidades incluem um leitor de impressões digitais na parte de trás por baixo da câmara e um emissor de infravermelhos que através de uma app transforma o Mate 9 num comando universal. Em termos de software, este novo topo de gama da Huawei usa o Android 7.0 Nougat, como sempre, personalizado através da skin EMUI 5.0.
Um smartphone muito grande
Por fora, o Mate 9 tem uma construção perfeita: nada está fora de sítio e os materiais foram muito bem escolhidos. Calhou-nos a versão em castanho que, não sendo uma cor muito comum em smartphones, é agradável para utilizadores masculinos ou femininos. Para proteger o Mate 9, a Huawei oferece uma capa na cor do smartphone e um vidro anti-riscos e quebra que já vem pré-instalado.
Este smartphone é muito grande, eu consigo usá-lo só com uma mão, mas de certeza que muita gente não conseguirá. Falta-lhe um modo de utilização com uma mão, como há no iOS. Não sendo um grande fã do Android, considero que a experiência de utilização deste smartphone agradável. Como já tive oportunidade de dizer várias vezes o EMUI é, para mim, a melhor personalização do Android que se pode encontrar por aí. Simplifica bastante um sistema operativo que se está a torna algo caótico, com muitas formas de se fazer a mesma coisa, que só servem para confundir o utilizador.
Testes gráficos penalizam experiência
A qualidade das fotos é muito boa, mas não tão boa como tive oportunidade de ver em Munique, aquando do lançamento do smartphone. Isto é verdade, principalmente em situações de fraca iluminação.
Em termos de desempenho, a Huawei promete que o Mate 9, ao fim de um ano, não perde velocidade graças ao seu optimizador integrado. Mas como ainda só passaram 15 dias… por isso a utilização ainda é bastante fluída. A bateria, numa utilização normal não dura dois dias, dura um dia e meio, na melhor das hipóteses.
As nossas medições de desempenho de CPU colocam o Huawei Mate 9 ao mesmo nível que o Note 7 da Samsung e do novo Asus Zenfone 3 Deluxe. Mas ainda assim acaba por ser algo penalizado pelos resultados nos testes gráficos. Este facto não deixa de fazer com que este smartphone seja uma proposta muito interessante, para este nível de preço.
Resultados testes:
AnTutu: 128 395
3D Mark Ice Storm Unlimited: 26972
PCMark 8 Work: 6614
Huawei Mate 9: 800 minutos
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