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Cães enfermeiros que salvam vidas

Já sabemos que os nossos animais de estimação têm a capacidade de melhorar nossa vida e de nos tornar mais felizes. Mas, hoje, falaremos sobre os cães enfermeiros que frequentam uma escola… e inclusive se formam! Saiba mais sobre isso a seguir.

A escola de cães enfermeiros

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Fonte da imagem: www.stuff.co.nz

As histórias que ouvimos sobre os cães enfermeiros saídos do CANEM, Centro de Terapia Canina de Zaragoza, Espanha, são maravilhosas. Uma delas tem como protagonista uma Jack Russell chamada Cini. Ela alertou a uma mulher quando seus níveis de glicose começaram a baixar, a caminho de uma hipoglicemia.

Com três latidos fortes e secos e sua pata esquerda batendo na perna de sua dona, Lídia, a cadela pôde salvá-la. O aroma de isopreno, uma substância química que aparece quando a glicose baixa muito no organismo, é imperceptível para os humanos, mas reconhecível para os cães. Cini soube então que algo não estava bem com a mulher.

Lídia afirmou: “Confiei minha vida a ela” e é óbvio que ela não se arrepende. Cini é um dos 56 caninos graduados até o momento que frequentaram a escola para cães enfermeiros, em Zaragoza. Ali, são instruídos como assistentes sanitários para pessoas com diferentes doenças. Desde problemas de diabéticos, epiléticos, surdos, alérgicos, até incapacitados fisicamente.

Como funciona a Instituição CANEM de Zaragoza

As fêmeas têm maior capacidade de percepção do que os machos, e se distraem menos. Além disso, aprendem com maior rapidez. Francisco Martín, que é o dono da instituição, explica-nos um pouco mais sobre o curso.

A raça é imprescindível, já que algumas têm melhores capacidades para detectar enfermidades ou anomalias: o Labrador, o Jack russell e o Boiadeiro bernês são os mais indicados. Além da raça, os “alunos” são escolhidos por sua força, inteligência e personalidade.

Por exemplo, o Boiadeiro bernês, que é extremamente tranquilo, mas corpulento (pode pesar até 40 kg), é ideal para crianças e jovens autistas. O Labrador é muito inteligente costuma se dedicar a pacientes com surdez ou mobilidade reduzida. E, por último, o Jack Russell, como Cini, que é mais inquieto, longevo (pode viver até 17 anos) e alerta, são indicados para pacientes com diabetes e epilepsia.

Cães enfermeiros dia e noite

Na escola para cães enfermeiros, o curso dura quatro meses, e é muito cansativo. Para se graduar no treinamento, os cães têm que passar em 8,5 mil provas. Ao sair de lá, eles sabem o que devem fazer frente à enfermidade para a qual foram capacitados.

Ter um animal de estimação com tais habilidades pode ser caro, mas nesta escola eles contam com um “sistema” de aluguel que não expira até que o cão (ou a pessoa) venha a falecer, também se conta com um acompanhamento constante para se assegurar de que o animal de estimação está recebendo carinho e sendo amado pela família ou pelo paciente. No caso do animal, se, por alguma razão, não realizar sua tarefa como deve, ele é levado novamente ao centro e ajudado a melhorar.

O ensino permite conhecer detalhes da doença ou patologia e, sobretudo, como agir em relação a ela. Nos 300 metros quadrados que a escola de Zaragoza ocupa, reproduzem-se situações da vida cotidiana para que assim se possa ensinar ao animal a estar alerta dia e noite.

Vale dizer também que os cães são esterilizados para que as mudanças hormonais não alterem seu trabalho ou seu adestramento. As horas noturnas costumam ser críticas para certas doenças, por isso, é dada ênfase para esses momentos.

Detectando o aumento de glicose

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Fonte: www.elpais.com.uy

Uma das salas da escola é um quarto escuro. Uma professora diabética é a encarregada de treinar os cães para que eles detectem até com 20 minutos de antecedência um pico de glicose.

Todo o ambiente da escola foi pensado para simular situações ou entornos reais e com pessoas que realmente sofrem do problema. Isso ajuda os cães a estarem alertas desde o treinamento e a velar futuramente pela saúde de seu dono. O acompanhamento dos cães é constante e são registrados todos os passos ou exercícios realizados. Assim, é possível detectar erros e fazer os ajustes necessários, modificando-se os protocolos de trabalho.

No momento, os graduados do CANEM “só” podem ser enfermeiros para certas patologias ou condições, embora certamente, no futuro, ampliarão as capacidades com outras raças ou treinamentos.

 


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