Ficar dançando até 5 da manhã pode esgotar a sua energia. Mas pode ajudar a iluminar o mundo – ou pelo menos um pedacinho dele.
Acaba de ser inaugurada em Londres uma casa noturna em que a eletricidade não vem da tomada: vem da animação da galera. Tudo graças a uma pista de dança piezoelétrica, que consegue transformar o movimento das pessoas em eletricidade. Conforme elas dançam, pressionam a pista com os pés. Aí o chão, que é feito com uma cerâmica especial, sofre uma pequena deformação (imperceptível para quem está dançando). E isso gera energia elétrica para alimentar o som e a luz da boate. Segundo seus criadores, a pista high tech consegue gerar até 60% de toda a eletricidade consumida pelo clube, que se chama Surya (“Deus-Sol”, em sânscrito).
Mas o que acontece se o dj não empolgar a galera e ninguém entrar na pista? Acaba a luz? Para evitar que isso aconteça, a boate conta com um sistema de baterias, painéis de energia solar e uma turbina eólica. Somando tudo isso, os donos do clube dizem que a eletricidade dá e sobra – o excedente é doado aos imóveis vizinhos. Mas a temática ecológica não pára aí. As paredes do Surya são sensíveis ao calor e mudam de cor quando a casa está cheia e, literalmente, “fervendo” – a idéia é fazer uma referência ao aquecimento global. No banheiro, as descargas e torneiras utilizam água de chuva. E como não poderia deixar de ser, todos os vidros, metais, plásticos e papéis são reciclados. Já o bar causa certo estranhamento. Só serve bebidas orgânicas, feitas sem nenhum tipo de agrotóxico ou produto químico, e seu destaque é bem esquisito: uma tal de “biocerveja”.
Fonte: Super Interessante