Ah, aquele tempo de criança em que a gente acreditava em qualquer coisa que colocavam na nossa frente… Mas não um console, porque criança esperta sabe diferenciar um videogame original de um clone. E clones são o que mais existem na indústria consolista, mesmo sendo ilegais pois não são licenciados pelas grandes empresas. E dentre os monstruosos clones de consoles que já vimos nas lojinhas de R$ 1,99 ou camelôs da 25 de março e país a dentro, está o terror da garotada (e alívio dos bolsos dos pais) chamado Polystation.
É, molecada, alguns de vocês pularam essa parte da história dos consoles (mesmo que ainda sejam vendidos muitos clones por aí), mas a maioria de nós gamers já presenciamos o terror que é ganhar de presente um clone de Nintendinho com chassi de PlayStation. E isso era muito comum até porque o PolyStation era horrendamente mais barato que o PlayStation original, praticamente 10% do valor de um novo. Mas apesar de ter um chassi de PlayStation (cara, era igualzinho até você olhar a entrada dos joysticks), o PolyStation não rodava CD-ROM e sim cartuchos de 60 pinos, padrão japonês que também era usado no NES original, mas não podiam ser rodados no console da Nintendo, claro. Alguns modelos do PolyStation já vinham com games na memória, mas eram horrendos de feios, na boa.
Os cartuchos eram de games modificados e qualquer um que se prezasse perceberia que aquilo não era um Nintendinho nem a pau (cara, era um PlayStation que tinha uma entrada de cartucho sob a tampa, por favor né, xará!). Tínhamos uma espécie de “Super Pikachú World” em que Mario era substituído pelo notório pokémon, tinha “Sonic” (é, Sonic), “Pac Man” e o diabo a quatro de adaptações do Nintendinho original e vários videogames clássicos de cartucho.
E se já não bastasse, o PolyStation também seguia a linha da Sony com lançamento e nomenclatura dos consoles, tendo assim o PolyStation 2 e PolyStation 3, igualmente bizarros, mas o “último lançamento” ganhou o nome de Super PolyStation e não PolyStation 4 como esperado.
O PolyStation é fabricado na China (AH VÁ!) e suas peças, geralmente vindas de contrabando e por isso não sendo licenciadas, são envoltas em plástico comum e enviadas para a América do Sul, passando pelo Paraguai e entrando pela fronteira brasileira onde os consoles passam a ser comercializados em lojinhas e por camelôs.
Mas, apesar de ser um clone descarado de PlayStation com Nintendinho, o PolyStation não deixa de ser divertido e acaba se tornando uma opção barata para crianças pequenas que ainda não entendem o poder gráfico e funcional que consoles originais podem oferecer. Então se você é um papai ou uma mamãe recente e não pretende dar seu console de última geração na mão do seu filho, dê um PolyStation pra ele desintegrar.
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