O governo russo assinou recentemente um decreto que concede até 2,5 acres de terra a qualquer cidadão que quiser transformar a área em um espaço produtivo, principalmente para atividades agrícolas. A medida tem como intuito repovoar o extremo leste do país, um território pouco habitado, cuja densidade é de pouco mais de uma pessoa por quilômetro quadrado.
“Isso permitirá aos russos, principalmente aos jovens, uma oportunidade para descobrir o Extremo Oriente, é uma chance real de auto-realização”, disse Alexsandre Galushka, ministro para o Desenvolvimento do Extremo Oriente, em declaração à imprensa local.
Mesmo sendo uma região de vasta floresta e paisagens maravilhosas, a Rússia oriental, que faz divisa com a China, é o lar de apenas 4% da população total do país. O novo plano de governo é semelhante a outros projetos de reassentamento já colocados em prática pelos russos há um século, quando a proposta atraiu quase três milhões de pessoas.
A grande diferença é que há cem anos a população era predominantemente rural. Hoje a tendência mundial é que as pessoas se concentrem nos centros urbanos e tenham hábitos urbanos. Mas, as autoridades não enxergam isso como um problema.
O governo acredita que repovoar o extremo oriente da Rússia a partir desta estratégia seja o jeito mais fácil e barato de promover a economia local e ajudar o país a ser ainda mais autossuficiente.
Para que o cidadão ganhe o direito à terra, ele precisa garantir que terá como provar que algo foi feito no terreno em cinco anos. Assim, eles se tornam proprietários legítimos do espaço.
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