O país está ficando pequeno Trump diante de tantos compromissos firmados nos estados e cidades dos EUA. Desta vez, em votação unânime, o Conselho Municipal de Orlando decidiu adotar como meta o uso de eletricidade oriundo somente de fontes renováveis. As medidas devem permitir que o feito seja alcançado até 2050.
Já são quase 40 cidades nos Estados Unidos que se comprometem com o alvo “100% de energia limpa”. Em maio, por exemplo, o CicloVivo falou de Atlanta, veja aqui. A gestão defende que, além de combater a mudança climática e a poluição, o movimento em direção à energia renovável aumentará as oportunidades econômicas, gerando mais empregos. Em 2016, só na Flórida, os empregos solares cresceram 10 vezes mais rápido do que a economia geral do estado, somando 1.700 novos empregos.
A cidade já se comprometeu a reduzir 90% de suas emissões de poluição atmosférica e gases de efeito estufa até 2040, de acordo com o Acordo Climático de Paris. Para conseguir isso, Orlando já estabeleceu o objetivo de alimentar 100% das operações municipais usando energia renovável até 2030. No ano passado, o Departamento de Energia dos EUA e a Fundação Solar declararam Orlando uma “Cidade SolSmart” por sua liderança na expansão de fontes de energia limpa .
“O poder do sol é mais barato para produzir eletricidade do que o poder de combustíveis fósseis, incluindo carvão e até gás natural. O que queremos fazer é manter a acessibilidade de nossas tarifas de energia. Muitas pessoas pensam que, ao mudar para energia solar, será mais caro, e esse não é o caso”, afirma Chris Castro, diretor de sustentabilidade da cidade.
A atitude de Orlando é muito significativa por ser a maior cidade da Flórida que se compromete com esse objetivo até agora. Além disso, é uma região muito turística, principalmente, por sua proximidade com a cidade Bay Lake, onde fica a Disneylândia.
“Esta administração [referindo-se à Trump] decidiu não honrar o nosso compromisso com o acordo climático de Paris, mas muitos prefeitos em todo o país pegaram as rédeas para dizer que, se não estamos fazendo isso no nível federal, é nossa obrigação lideramos em nível local”, afirma Buddy Dyer, prefeito de Orlando.
Redação CicloVivo
(70)