Os cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, EUA, desenvolveram uma célula fotovoltaica 3D, capaz de aproveitar a energia solar independente da posição do sol. A inovação é tão promissora, que os norte-americanos já estão testando o material em estações espaciais.
Além de descartar a necessidade de outros aparelhos mecânicos para movimentar as placas na direção do sol, o modelo também é feito com materiais muito mais baratos. No lugar dos tradicionais: cobre, índio, gálio e selênio, muito mais raros e caros, os pesquisadores usaram: cobre, zinco, estanho e enxofre.
De acordo com os cientistas, a mudança na matéria-prima pode custar até mil vezes menos, tornando-os sistemas fotovoltaicos muito mais atrativos e baratos. No entanto, o processo demandou muitos desafios. “Na fabricação você tem que aquecer estes elementos e um grande problema é que eles evaporam em taxas diferentes. Misturá-los nas proporções desejadas, de modo que a estequiometria seja mantida e os níveis de elétrons sobre os elementos constitutivos se igualem como deveriam, tem sido um desafio”, explicou o engenheiro Jud Ready, principal pesquisador do projeto.
Em declaração oficial, Ready também falou sobre o design das células fotovoltaicas. “Com nosso design 3D, conforme o ângulo do sol aumenta, cresce também a superfície exposta e há mais chances de os fótons entrarem”, comentou. O modelo também eleva as chances de os fótons serem transformados em elétrons e gerarem energia.
A célula será instalada em uma estação espacial norte-americana, onde permanecerá por testes durante seis meses. Depois o sistema volta à Terra para que a equipe avalie o desempenho e eficiência.
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