A partir do dia primeiro de janeiro de 2012 as companhias aéreas europeias serão obrigadas a pagar pela poluição atmosférica que gerarem no continente. A decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) foi contestada pelos Estados Unidos.
O país inclusive entrou com uma medida contra a proposta, tudo porque a UE incluirá as companhias estrangeiras que voam para e a partir da Europa, no Programa de Comércio de Emissões (Emissions Trading System, ETS). Agora terão que pagar por cada tonelada de dióxido de carbono emitida. Desta forma, acredita-se que o impacto ambiental da aviação seja minimizado.
A medida colocou a Europa e os Estados Unidos em situação de conflito. As principais companhias do país norte americano denunciaram a legislação europeia na justiça britânica. O principal argumento é que impor o ETS a todos é uma violação na lei internacional.
Na tentativa de revogar a decisão, uma carta pedindo que a Europa desistisse do plano foi enviada em 16 de dezembro pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Na carta, os EUA afirmaram que o país adotará "medidas apropriadas", caso o plano não fosse renunciado.
Os Estados Unidos propõem que sejam contabilizadas apenas as emissões de CO2 sobre o espaço aéreo comunitário, ao invés de ser em todo o trajeto como foi proposto. Esta alternativa tem o apoio da Associação Internacional do Transporte Aéreo e da Organização da Aviação Civil Internacional. Insatisfeita com o plano europeu, a China ameaçou a indústria aeronáutica europeia.
As críticas se estenderam por outros países, como Brasil, e até mesmo pelas grandes empresas da Europa. O argumento é que os custos da indústria de avião global aumentariam, assim como o preço da passagem.
De início, as companhias aéreas estão livres de pagar por 85% das emissões. O projeto, aprovado em 2008, tem como objetivo principal reduzir em 20% as emissões de gases. Com informações do G1.
Redação CicloVivo