O sindicato alemão IG Metall e políticos têm pressionado a Tesla por forçar funcionários da fábrica em Brandenburg, na Alemanha, a cumprirem horários de trabalho não razoáveis.
De acordo com o sindicato, cujo escritório está em contato regular com os trabalhadores da fabricante de automóveis, um número crescente relatou horários de trabalho mais longos com pouco tempo livre. Além disso, os funcionários estavam cada vez mais temerosos em discutir abertamente as condições de trabalho em função dos acordos de não divulgação, assinados com o contrato de trabalho.
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O anúncio de uma nova função de “Security Intelligence Investigator” no site de carreira da Tesla exacerbou essas preocupações. De acordo com a descrição da vaga, o contratado vai trabalhar em parceria com os departamentos jurídico e de recursos humanos para realizar “a coleta de informações em campo, tanto dentro como fora das paredes da Tesla, a fim de proteger a empresa contra ameaças”.
De acordo com a Reuters, várias pessoas no LinkedIn têm o título de “Security Intelligence Investigator” trabalhando para Tesla em Austin, São Francisco e Xangai.
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“Os trabalhadores começaram na Tesla com grande entusiasmo pelo projeto. Com o tempo estamos observando que este entusiasmo está murchando”, disse Irene Schulz da IG Metall Berlin-Brandenburg-Sachsen em uma declaração. “Tesla não está fazendo o suficiente para melhorar as condições de trabalho e está deixando muito pouco tempo para o lazer, a família e a recuperação”, acrescentou.
Tais acordos de não divulgação também foram solicitados a uma parte dos funcionários da Tesla na China, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
Na segunda-feira (16), o jornal alemão Handelsblatt informou que parlamentares locais, tanto de centro-esquerda (SPD) quanto de centro-direita (CDU), expressaram preocupações quanto às alegações, pedindo investigações pela Tesla e pelo governo local.
“O governo estadual de Brandenburg deve reforçar a segurança no trabalho pelos controles próximos na Tesla”, disse Christian Baeumler, da CDU, ao Handelsblatt.
Tanto a empresa de Elon Musk quanto o governo local alemão não estavam disponíveis para comentários.
Créditos: TecMasters